35ª edição das “Margaridas” leva mais de mil escuteiros a Constância

Há 35 anos, o Agr. 707 Santa Margarida encontrou uma forma muito particular de celebrar o Carnaval: um acampamento. Assim nasceram as Margaridas, uma atividade que começou timidamente em 1990 e que, ao longo das décadas, cresceu até se tornar uma das maiores atividades do país dinamizadas por um agrupamento. 

O acampamento, que já passou por vários locais, decorre atualmente no Campo de Atividades Chefe Almeida (CAChA), um espaço de oito hectares que reúne todas as condições necessárias para receber centenas de participantes. A sua história remonta ao sonho do próprio Chefe Almeida, conhecido pelo seu Totem Águia Negra, que viu na falta de festividades carnavalescas da região uma oportunidade para proporcionar aos jovens uma experiência diferente. «Dando conta que nos quatro dias de Carnaval os jovens da zona pouco ou nada se divertiam, sonhou que talvez uma atividade escuta pudesse contrabalançar os festejos carnavalescos que na altura pouco existiam, e assim tomando pelo mote “nem só de pão vive o homem”, lançou o lema de que “nem tudo é Carnaval”», contou-nos Miguel Ferreira, Chefe de Agrupamento do 707 Santa Margarida.

De uma atividade de agrupamento até ao acampamento com mais de mil participantes que se vê hoje, o segredo do crescimento das Margaridas ao longo dos anos está na «qualidade da atividade» e «esforço feito pelos chefes do 707, de alguns agrupamentos e grupos da AEP que nos ajudam», sem esquecer do «grupo de pais dos nossos escuteiros que nos dão uma ajuda tremenda», como destaca o atual Chefe de Agrupamento.

Este ano, o imaginário escolhido foi “O Outro Lado do Castelo (Os Filmes da Disney)”, transportando cada secção para um universo cinematográfico diferente: os Lobitos exploraram o mundo da Vaiana, os Exploradores entraram na mente colorida de Divertidamente 2, os Pioneiros viajaram pelo México do filme Coco, os Caminheiros refletiram com Soul, e a equipa de serviço inspirou-se na determinação da Formiga Z.

Apesar do temporal que obrigou ao encerramento antecipado da missa e impediu a realização da cerimónia de encerramento, o balanço da edição de 2025 foi extremamente positivo. «Todos foram unânimes que foi uma das melhores Margaridas de sempre, onde todas as atividades correram bem e onde não houve queixas», afirma o Chefe Miguel Ferreira. A melhor prova do sucesso? O elevado número de participantes, que este ano quase chegou aos 1200 escuteiros vindos de todo o país.

E para quem já está a pensar no futuro, a resposta é simples: «Quando a maior parte das pessoas que se despediu de mim foi com um ‘até para o ano’, ficamos extremamente agradecidos e com a certeza de que para 2026 cá estaremos para a 36ª edição.»