Entre os dias 28 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro de 2025, 38 Rovers de 25 países pertencentes a uma associação escutista reconhecida pela WOSM ou pela WAGGGS, reuniram-se no Centro Escutista Internacional de Kandersteg para mais uma edição da International Rover Week (IRW), onde puderam experienciar o Mini Jamboree Permanente e as atividades de inverno que o Centro tem para oferecer.
Durante uma semana tiveram o seu tempo dividido entre hikes e atividades na neve para melhor conhecer Kandersteg e, discussões e workshops sobre o tema “Ação pelo Ambiente”. Ainda puderam experienciar a verdadeira partilha da amizade internacional através da “International Evening”, onde a gastronomia portuguesa esteve bem representada, e da “International Camfire”, o Fogo de Conselho Internacional com todos os 300 Escuteiros em campo, onde puderam partilhar uma animação.
As participantes tiveram o privilégio de receber formação e ferramentas em diversas áreas inerentes à Sustentabilidade como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as Alterações Climáticas, Direitos Humanos e até Saúde Mental. Para tal, contaram com workshops por parte da WWF, Nações Unidas e Escutismo Mundial (WOSM).
Para a Ana Leonor do Agrupamento 10 Cedofeita, Porto, a IRW foi uma ótima oportunidade para conhecer escuteiros de outros países e perceber mais sobre a cultura deles e como vivem o escutismo. Para além das ótimas experiências interculturais, a Ana Leonor conseguiu aprender imenso sobre preparação de projetos e perceber diferentes realidades face às mudanças climáticas. Garante que foi uma semana intensa e muito enriquecedora que a deixou com muitas memórias incríveis.
Já para a companheira Maria Silva do Agrupamento 797 Nova Oeiras, em Lisboa, a IRW foi uma constante de se sentir inspirada. Desde o ambiente multicultural em que esteve presente ao longo de toda a semana, em especial inserida num grupo de 38 Rovers vindos de todos os cantos do mundo, a todas as paisagens que vivenciou e experimentou. “Foi não só uma semana de muitas primeiras vezes, como também de muitas partilhas, assim como a aprender que acima de tudo devo saber olhar em redor. Aprender que com todas estas vivências o próximo passo será o meu, o de entrar em ação.”
Sendo este o seu último ano na IV secção, sente que não poderia ter escolhido melhor atividade: “levo comigo muitas memórias, de um grupo bastante especial: no início éramos meros desconhecidos, e facilmente nos tornamos uma família. O KISC, tornou-se também uma casa, onde certamente irei voltar.” A mesma relata que traz também uma mão cheia de conhecimentos, prontos a saber aplicar na comunidade dela, para assim também inspirar a fazer a diferença. “Volto de coração cheio, e bastante grata por tudo o que esta semana me proporcionou!”
Para a Joana Moreira do Agrupamento 1281 Campo, Porto, a IRW foi uma experiência incrível de viver enquanto caminheira portuguesa. “Ter a oportunidade de representar o meu país no meio de 38 participantes de 25 países diferentes foi algo que irei relembrar com carinho por muitos anos.” Garante que a atividade foi recheada de momentos de workshops e aprendizagens sobre como atingir o nosso melhor potencial no ativismo por causas ambientais, assim como formas de criar projetos e agir sobre causas que se tornam de relevo para nós.
Segundo a Joana, para além disto, tiveram também momentos ao ar livre com diferentes caminhadas e atividades de forma a aproveitarem um pouco do ambiente de Kandersteg no inverno e dos belíssimos Alpes Suíços. “A combinação destes dois tipos de momentos deu asas à partilha intercultural, assim como criação e fortalecimento de amizades internacionais (e nacionais) que espero levar para vida. Só tenho a agradecer pela oportunidade de participação e pelos momentos de aprendizagem, partilha e conexão que me foram proporcionados.”
Para a Ana Filipa Caseiro do Agrupamento 1106 Coração de Jesus, Viseu, esta atividade foi o concretizar de vários sonhos condensados num lugar mágico chamado Kandersteg. “Lá consegui sentir o que Baden-Powell desejava para o escutismo e colocá-lo em prática. A atividade superou as minhas expectativas e regresso a casa de mochila cheia de conhecimento pronto para passar do papel para a realidade, porque acredito que todos nós temos a capacidade de deixar a nossa marca e mudar o mundo!”
As 4 representantes portugueses, cientes das suas realidades e problemáticas ambientais locais, voltam para casa com uma missão. Foram chamadas para entrar em ação e implementar um projeto que deixe um mundo um pouco melhor do que o encontraram, na esperança de espalhar o impacto que o KISC deixou nelas!