Durante a oração do Angelus, no Vaticano, o Papa Francisco anunciou a nomeação de D. Américo Aguiar para Cardeal, a partir de 30 de setembro.
Américo Aguiar é um dos nomes anunciados pelo Papa Francisco que no consistório que se realiza a 30 de setembro, será nomeado Cardeal. Assim sendo, Portugal passará a ter quatro Cardeais eleitos num futuro conclave: D. Manuel Clemente, D. António Marto, D. José Tolentino Mendonça e D. Américo Aguiar. Este será o nono consistório do atual pontificado.
Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar ficou surpreendido com o anúncio, mas acredita que é uma homenagem a Portugal e aos jovens que se preparam para a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) «estou convencido que o Papa teve no seu coração estes jovens, esta preparação par a Jornada Mundial da Juventude que é indispensável, com eles». Sublinha ainda que «o Papa quis, deste modo, homenagear os jovens, valorizá-los e fazer o que nos diz para fazer: dar aos jovens a possibilidade de serem protagonistas da história, da sua vida».
Assume que o Escutismo tem um papel importante na sua vida, que conheceu após a entrada no Agrupamento 854 Leça do Balio, ainda em criança. E, prova disso, é que apesar de desconhecer até ao momento qual será o seu futuro após a JMJ, frisa «Eu sou escuteiro, portanto não tenho grande problema quanto à geografia, às latitudes e longitudes. Aquilo que o Papa Francisco precisar, e se ele achar que tenho possibilidades de concretizar, pode contar. Sempre alerta».
A Junta Central do Corpo Nacional de Escutas (CNE) manifestou num comunicado «profunda alegria pela nomeação para Cardeal do Sr. D. Américo Aguiar». Destaca o seu percurso escutista que começou «como Escuteiro do Agrupamento 854 Leça do Balio e depois como presbítero, Assistente Regional do Porto entre 2002 e 2008, o Sr. D. Américo sempre tem manifestado a importância do Escutismo no seu percurso pessoal e vocacional». Em entrevista do podcast Vira o Disco e Toca a Fé, do CNE, D. Américo Aguiar destacou a importância do CNE no seu percurso, porque «o que eu sou, e o que sei, e penso muito que tenho sido capaz de fazer, aprendi na minha equipa, com o método escutista».
A Junta Central destaca o papel importante que D. Américo assume na JMJ e felicita-o pela escolha do Papa Francisco e revela «na JMJ e no dia a dia da nossa atividade escutista, da melhor vontade tudo faremos para acolher, acompanhar e propor a crianças e jovens um horizonte de vida marcado pela esperança, no seguimento de Jesus Cristo, sendo o rosto de uma Igreja “hospital de campanha” que não deixa ninguém para trás».
Texto: Cláudia Xavier
Fonte: Agência Ecclesia, Observador
Fotografias: Gonçalo Pinto, Matilde Gonçalves
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