Sínodo “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”

Está a decorrer no Vaticano a 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Os trabalhos desta sessão acontecem até 29 de outubro com o tema “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”.

A XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos está a decorrer no Vaticano, com o tema “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”. Até 29 de outubro, as reflexões serão desenvolvidas em 35 grupos de trabalho linguístico (círculos menores), constituídos por 11 pessoas e um facilitador, incluindo um grupo de língua portuguesa.

Aos 365 votantes, entre eles 54 mulheres, somam-se, sem direito a voto, 12 representantes de outras igrejas e comunidades cristãs (delegados fraternos), oito convidados especiais e colaboradores da Secretaria-Geral do Sínodo.

Outras 57 pessoas, entre elas 20 mulheres, vão participar como peritos, à imagem do que acontecia no passado, ou “facilitadores”, ou seja, “pessoas especializadas cuja missão é facilitar os trabalhos nas diferentes fases”, sem direito a voto.

No discurso inicial do Sínodo, o Papa Francisco pediu à nova Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos «interesses humanos, pessoais ideológicos», com «prioridade à escuta». Francisco sustentou que, se no final dos trabalhos, saíssem «todos iguais», o Espírito teria «ficado fora».

«Não somos um parlamento, não somos as Nações Unidas. É algo diferente”, insistiu o Papa Francisco, reforçando a mensagem que tinha deixado na homilia da Missa de abertura do Sínodo.

Francisco destacou que o tema foi escolhido após uma consulta a «todos os bispos do mundo», manifestando «a necessidade de refletir sobre a sinodalidade», após um caminho com quase 60 anos.

No final do seu discurso, o Papa dirigiu-se aos jornalistas, elogiando o seu «trabalho muito importante», para explicar que, no Sínodo, «mais do que a prioridade de falar, há a prioridade da escuta».

No lançamento da Assembleia, que decorrerá até ao final de outubro, Francisco relembrou ainda a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, apelou a uma Igreja mais humana, mais fraterna e menos ideológica, menos política.

O cardeal D. Américo Aguiar referiu que a nova assembleia sinodal exige a disponibilidade de todos para «fazer caminho». Para o bispo eleito de Setúbal, o fundamental é que se gere um «novo modo de viver em Igreja, sinodalmente», em que «cada um se sente livre de dizer o que pensa e todos gostam de ouvir o outro»

D. Américo Aguiar, novo bispo de Setúbal, é o sétimo cardeal português do século XXI e quarto a ser criado no atual pontificado.

A nomeação cardinalícia do presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 foi anunciada a 9 de julho; a 21 de setembro, o Papa nomeou o então auxiliar de Lisboa como novo bispo de Setúbal.

D. Américo Aguiar destaca muitas vezes a importância que o Escutismo teve na sua vida, como podes ler aqui, na tua Flor de Lis Online.

 

Texto: Cláudia Xavier

Reportagem em Roma desenvolvida em parceria pelos seguintes órgãos de comunicação social ou gabinetes de imprensa: Agência Ecclesia, Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, Flor de Lis/CNE, Conferência Episcopal Portuguesa, Diário do Minho, Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e Ponto SJ.

Fotografias: Ricardo Perna

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