CNE participa em audição parlamentar sobre o relatório “Dar Voz ao Silêncio»

O Corpo Nacional de Escutas participou numa audição no Parlamento, requerida pelo grupo parlamentar socialista, sobre o conteúdo do relatório final “Dar Voz ao Silêncio”.

No dia 19 de outubro o Corpo Nacional de Escutas (CNE) esteve presente numa audição parlamentar, requerida pelo partido socialista, no âmbito do Grupo de Trabalho – Avaliação da Legislação sobre abusos sexuais contra menores. Esta audição surge como resultado do relatório final “Dar Voz ao Silêncio”, da Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica Portuguesa. Em representação do CNE esteve o Chefe Nacional, Ivo Faria, o Chefe Nacional Adjunto, Paulo Pinto, o Assistente Nacional, Pe. Daniel Nascimento e o Responsável pela Estrutura de Suporte do Escutismo: Movimento Seguro, Carlos Martinho.

A pertinência de participação do CNE nesta audição é explicada pela experiência que o escutismo católico português tem na implementação de boas práticas e por ser o maior movimento juvenil do país. Isabel Moreira, deputada em representação do partido socialista, explicou que «Há um espaço de reflexão que cabe ao Parlamento, relativamente aquilo que ressalva do relatório e para o qual pensamos que o vosso contributo é importante, por causa da vossa experiência».

O Chefe Nacional começou por agradecer o convite para que o CNE possa partilhar o trabalho que tem desenvolvido na área de prevenção dos abusos. Para o CNE «a proteção da criança e do jovem é um dever de toda a sociedade» ressalvou Ivo Faria, e para a associação é «uma questão de princípio, face à respetiva identidade e à missão de contribuir para promover a felicidade das crianças e jovens que acolhe, para os ajudar a crescer e a tornar-se cidadãos ativos e interventivos na sociedade em que se inserem». Na sua intervenção, o Chefe Nacional explicou todos os passos dados na área de prevenção, nomeadamente com a criação do Escutismo: Movimento Seguro, a criação de uma linha reporte, a criação de um Manual de Boas Práticas e Código de Conduta.

Na audição, Ivo Faria destacou ainda a formação de dirigentes, que passou a incluir um programa obrigatório de formação, como condição de acesso a todos os voluntários do CNE. Os formadores do Corpo Nacional de Escutas foram capacitados para estas temáticas, para que a formação estivesse disponível em todas as regiões. Houve ainda lugar à explicação do processo de reporte e explicado o procedimento adotado em todos os casos identificados no relatório “Dar Voz ao Silêncio”.

Em representação do grupo parlamentar do PSD, Emília Cerqueira, agradeceu «a explicação porque foi objetiva e concisa, de todos os passos que tem dado o CNE, que é fundamental no país inteiro, porque temos milhares de jovens que fazem parte do CNE. A vossa instituição está em todas as localidades do país e milhares de jovens aprendem o que é a entreajuda e uma série de técnicas e de regras para crescerem como adultos saudáveis e salutares».  A deputada do PSD terminou a sua intervenção com uma nota de apreço ao CNE «pelo facto de já em 2016, quando em Portugal o assunto dos abusos sexuais de menores, nomeadamente, ainda não estava no centro das atenções, já terem tido esta preocupação, como nos explicaram, através da criação de um manual de boas práticas, de um canal de denúncia, e até porque isso ainda não existia muito e ainda hoje se reclama em outros tantos setores».

A audição terminou com um pedido para o CNE esteja «sempre Alerta para estas situações».

Texto: Cláudia Xavier.

Fonte: Canal Parlamento.

Fotografias: CNE.

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