Nos próximos dias 6 a 9 de junho, irão decorrer as Eleições Europeias de 2024 nos países membros União Europeia, que terão um impacto significativo na vida dos seus 450 milhões de habitantes e também a nível global. As decisões tomadas pelo Parlamento Europeu, das quais a legislação e orçamento da UE, afetam diretamente nosso quotidiano, formando a base de 70% da legislação nacional, moldando o futuro da Europa e contribuindo para a defesa da democracia.
Dia 9 de junho será dia de eleger os representantes portugueses para o Parlamento Europeu e podes fazê-lo se tiveres no mínimo 18 anos no dia das Eleições. Para saberes qual o teu local de voto, deves enviar uma SMS para o 3838 com o nº do teu Cartão de Cidadão e a tua data de nascimento no formato AAAAMMDD. Por exemplo, “12345678 19750910”. Este ano, também poderás votar em mobilidade sem inscrição prévia, isto é, em qualquer outra mesa de voto, nacional ou internacionalmente em postos consulares ou diplomáticos, onde não estejas recenseado. Se optares pelo voto antecipado, que irá ocorrer no 2º domingo anterior à eleição e 4 dias seguintes, deverás inscrever-te na plataforma online Voto Antecipado ou por carta.
No centro da campanha de sensibilização ao voto do Parlamento Europeu, intitulada “Usa o teu voto. Ou outros decidirão por ti.”, está um pequeno documentário homónimo que mostra cidadãos europeus de idade avançada que, tendo vivendo em regimes opressores ou épocas de grande instabilidade política, puderam testemunhar com os seus próprios olhos o poder transformador da democracia. Nos testemunhos destes cidadãos, há uma mensagem comum: usa o teu voto, ou outros decidirão por ti. Este documentário está disponível no site das Eleições Europeias, no Youtube, no Facebook e no Instagram.
O voto de cada um fortalece a democracia. É dever cívico do escuteiro participar ativamente no processo democrático enquanto cidadão informado, como Baden-Powell nos disse na Palestra de Bivaque nº26:
«Depois, quando fordes crescidos, tereis o direito de voto e a vossa parte no governo do país. E muitos de vós sentir-se-ão inclinados a pertencer automaticamente ao partido político a que pertencem seus pais ou amigos. Eu não faria assim, se estivesse em vosso lugar. Ouviria aquilo que cada partido tem a dizer. Se ouvirdes um só partido, com certeza concordais que ele tem razão e que os outros não a podem ter forçosamente. Mas se fordes ouvir outro, podeis verificar que afinal esse tem toda a razão e o primeiro não a tinha. Importa ouvi-los a todos e não se deixar convencer por qualquer deles. E, depois, sede homens, resolvei e decidi por vós próprios qual deles julgais melhor para o país – e não para qualquer pequena questão local – e votai por esse, enquanto ele desempenhar bem a sua missão, ou seja, a bem do país.»