Os caminheiros e companheiros presentes no Acanac sabiam o desafio que os esperavam, e nem assim desistiram. Juntaram-se quase 2.000 e partiram em direção à Idanha, confiantes no rumo proposto.

O início do desafio foi simpático: uma tarde a banhos na barragem, entre jogos e brincadeiras, que a gente grande também gosta de uma boa brincadeira. Depois, o grande desafio. No domingo à noite, mochila às costas (com pouco pão e muita palavra) e toca a fazerem-se ao caminho, para um raide por Clãs que os levou por todas as povoações ao redor do CNAE.

Todos os caminhos diferentes levavam, no entanto, uma direção comum: Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, à qual chegaram no fim do segundo dia de raide. A última refeição tomada em clã, antes da reunião geral no castelo de Monsanto, serviu também para um primeiro balanço do caminho feito. “Apesar das dificuldades, tudo correu bem. Tivemos pouca água, pouca comida, mas as dificuldades foram ultrapassadas porque todos nos ajudámos”, disse Rafael Dinis em entrevista ao Escuteirar.

O dirigente Pedro Vasconcelos, chefe de campo da IV, afirmou que «foi produtivo terem passado pelas aldeias”, mas não deixou de apontar o dedo a alguma impreparação dos caminheiros e companheiros. “Sinto que há caminheiros que não estão preparados para este tipo de atividade, mas apesar do calor e desse factor, a malta aguentou-se bem e estão todos motivados para subirem ao alto de Monsanto”, afirmou.

A noite em Monsanto foi mágica. Uma vigília de oração em Rover no cimo do castelo de Monsanto serviu para os fazer refletir sobre o valor da liberdade. Foi a conclusão com chave de ouro uma noite longa no cimo do castelo de Monsanto, onde os caminheiros e companheiros permaneceram a orar, conviver e dormir. O dia seguinte foi de banhos na barragem Marechal Carmona, em Rover. Serviu para retemperar forças e fortalecer o espírito de comunidade desenvolvido nestes dias de raide.

Texto de: Ricardo Perna. Fotografia de: Nuno Perestrelo.

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