Flor de Lis: 100 anos de História(s)!

A nossa Flor de Lis está a comemorar o seu primeiro centenário! Este mês, vamos embarcar numa viagem no tempo pelas páginas da nossa revista, o órgão oficial do CNE. Todos abordo?

Este mês de fevereiro de 2025, a Flor de Lis está de parabéns: celebramos 100 anos de publicação ininterrupta! Criada em 1925, apenas dois anos após a fundação do Corpo Nacional de Escutas, tornou-se um instrumento essencial de informação, educação e unidade para os escuteiros católicos portugueses. Hoje, é a revista mais antiga em Portugal publicada ininterruptamente e continua a ser um elo de ligação entre os membros da nossa associação, mantendo-se fiel à sua missão inicial e evoluindo ao longo das décadas para acompanhar os tempos.


Das Primeiras Páginas ao Digital

Tendo surgido apenas dois anos após a criação da nossa associação, com berço na cidade de Braga, o percurso da Flor de Lis reflete a história e a evolução do escutismo católico em Portugal. Nasceu como um jornal em fevereiro de 1925, permanecendo nesse formato até 1945, quando foi transformada em revista sob a orientação do Pe. Benjamim Salgado, o seu principal redator. Desde então, sofreu várias alterações no seu grafismo, formato e linha editorial, mas sempre com o objetivo de servir os nossos associados.

Em 1979, a capa e contracapa passaram a ser impressas a cores. Em 1990, a revista adotou o formato A4, que mantém até hoje, e em 2001 foi publicada totalmente a cores pela primeira vez. Mais recentemente, em 2022, a Flor de Lis passou a estar também disponível em formato digital, acompanhando os tempos e as necessidades do seu público.


Ao Longo do Tempo

Desde a sua fundação, a Flor de Lis tem sido um espelho do escutismo em Portugal, acompanhando as mudanças sociais e tecnológicas. Durante momentos difíceis, como crises financeiras e desafios internos, a revista conseguiu resistir e adaptar-se, garantindo a sua continuidade. Como dizia o Pe. João Ferreira, diretor entre 1961 e 1973, «é o vento quem obriga as árvores de grande porte a aprofundarem as suas raízes».

Ao longo dos anos, passaram pela direção da revista 18 diretores, cada um deixando a sua marca na evolução da publicação. Entre os nomes que moldaram a Flor de Lis estão o fundador, Monsenhor Avelino Gonçalves, e outros como o Dr. José Martins Gonçalves, o Pe. Manuel Ferreira da Silva, o Cónego João Ferreira, Vítor Faria, Armando Brito, Manuel Velez da Costa, João Teixeira, Fernando Lopes, Carlos Mana, Albano Catarino, o Pe. Manuel Fonte, José Carlos Santos, José Luís Araújo, António Theriaga, Nuno Canilho, Mário Correia e Tânia Coutinho, diretores que deram continuidade ao projeto e o adaptaram às novas realidades do escutismo e da comunicação, entre tantos outros diretores interinos que, em tempos conturbados, levaram a nossa revista a bom porto.

Atualmente, a Flor de Lis conta com mais de 11 mil assinantes, sendo distribuída não só em Portugal, mas também no estrangeiro. A tiragem total é de 11 500 exemplares, dos quais 5100 em papel, mantendo viva a leitura física, enquanto abraça o mundo digital.


Neste primeiro centenário, celebramos não apenas uma revista que é de todos nós, mas um património vivo da nossa associação. Parabéns, Flor de Lis, pelos teus 100 anos de História(s)!


Texto: Catarina Valada.

Imagem: CNE.

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