Bioblitz: Catalogar a biodiversidade na Aldeia da Drave

No primeiro fim de semana do mês de julho, entre dia 4 e 6, decorreu no DRSC – Drave Rover Scout Centre um Bioblitz em estreita parceria com o Departamento Nacional do Ambiente e a Associação de Conservação da Natureza “Montis”.

Um Bioblitz é um evento de curta duração em que cientistas, naturalistas e cidadãos comuns se juntam para identificar e registar o maior número possível de espécies vivas (plantas, animais, fungos, etc.) numa área específica. Os principais objetivos de um Bioblitz são: inventariar a biodiversidade local e descobrir que espécies existem naquela zona; promover a educação ambiental e o contacto direto com a natureza ao mesmo tempo que se contribui para a ciência; e, por fim, e o nosso maior foco, os dados recolhidos podem ajudar em estudos de conservação e gestão ambiental, ponto importante para o DRSC.

A estreia desta atividade na Drave começou com a identificação de aves através do seu canto, uma vez que não foi possível avistarmos nenhuma. No entanto, visitou-nos uma lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus), pelo que estivemos bastante próximos dela. Seguidamente fomos até ao ecossistema aquático observar as libelinhas de diferentes espécies que podemos encontrar nas ribeiras que confluem na Drave, bem como Rãs-verdes (Pelophylax perezi) e os seus respetivos girinos, e Alfaiates (Recurvirostra avosetta). Durante o dia pudemos ainda observar Morcegos e a Osga-Comum (Tarentola mauritanica) escondidas pela aldeia, bem como um Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) tímido. Também vimos com mais atenção a flora igualmente diversa e única da Drave tanto quanto a espécies endémicas e autóctones que devemos preservar como a sensibilização para espécies exóticas e invasoras que deveremos controlar. À noite tivemos o privilégio de presenciar as borboletas noturnas e uma imensidão de espécies associadas à vida notívaga. 

Esta atividade é um passo extremamente importante não só no sentido do melhoramento e reformulação de alguns dos programas que existem no centro, mas também no sentido do aprofundamento do conhecimento relativo às espécies que existem no centro.

Texto: Ana Filipa Caseiro e Cláudia Costa.

Fotos: Drave Rover Scout Centre (DRSC).

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