CNE junta-se ao projeto LusoQuercus para proteger a carvalhiça, um tesouro da flora endógena

O CNE, através do Departamento Nacional de Ambiente, associa-se este outono ao projeto LusoQuercus para apoiar a conservação da quercus lusitanica, um carvalho anão nativo de Portugal. A iniciativa convida escuteiros e cidadãos a recolher bolotas e registar observações desta espécie ameaçada.

O LusoQuercus, desenvolvido pelo CIBIO–BIOPOLIS da Universidade do Porto, pretende travar o declínio da carvalhiça – também conhecida como carvalho-anão. Classificada como espécie de conservação prioritária na Rede Natura 2000, a quercus lusitanica cresce como um arbusto rizomatoso, com grande capacidade de regeneração após incêndios. Apesar desta resiliência, enfrenta hoje um risco significativo de perda de habitat, agravado pelos cenários de alterações climáticas que projetam, até 2100, uma perda significativa das áreas climaticamente adequadas, com deslocamento para o Noroeste e populações cada vez mais fragmentadas.

A campanha Outono 2025 desafia escuteiros e cidadãos a apoiar a conservação da espécie através de um processo simples: identificar, registar e recolher bolotas maduras diretamente das plantas. Para participar, basta fotografar a árvore, folhas e bolotas, registar a observação na plataforma iNaturalist associada à atividade “LusoQuercus”, recolher as bolotas e enviá-las por correio para o CIBIO. Cada conjunto deve incluir as coordenadas geográficas (LAT-LONG-WGS84), data e local de recolha, devidamente assinalados numa bolsa zipper.

A carvalhiça dá-se sobretudo em solos ácidos e pobres, integrando o subcoberto de sobreirais e carvalhais. Prefere altitudes entre os 0 e os 800 metros e associa-se frequentemente a urzais, estevais e medronhais. O seu porte é reduzido, raramente ultrapassa os três metros, e distingue-se pelas folhas de margens inteiras no terço inferior e pecíolo muito curto, características que ajudam na identificação em campo.

Ao fotografar os espécimes e na recolha de bolotas, é importante que estejamos sensibilizados para as boas práticas de cidadania ambiental: recolhas moderadas, respeito por propriedades, uso de luvas e nunca introduzir plantas fora da sua área de origem sem orientação científica.

Mais informações disponíveis em lusoquercus.pt

Texto: Catarina Valada.

Imagem: LusoQuercus.

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