Aproximam-se algumas atividades de referência em técnica escutista. Onde surgiu e a sua importância no método escutista são algumas das questões que o artigo esclarece.

A Técnica Escutista surge então onde? Essencialmente em dois Elementos do Método: a Vida na Natureza e Aprender Fazendo.

A vida na Natureza é, desde a sua génese, um dos elementos mais marcadamente identificadores do Método Escutista enquanto proposta pedagógica.

Foi com base na exploração da Natureza e na vivência em comunhão com a Natureza, aproveitando os aproveitando os recursos desta e os benefícios do ar livre, que B‐P deu os primeiros passos no desenvolvimento do Escutismo.

Desde então, a Natureza constituiu sempre espaço e ambiente privilegiado para o desenvolvimento das atividades escutistas, permitindo às crianças e jovens o confronto com os seus próprios limites, o aproveitamento dos recursos naturais, a aprendizagem da vida com simplicidade, uma vivência saudável ao ar livre.

Sendo a Natureza – o campo, os cursos de água e o mar, estes últimos sobretudo no caso da vertente marítima do Escutismo – o espaço privilegiado para o desenvolvimento de atividades escutistas, uma adequada vivência nestes ambientes exige um conjunto de conhecimentos técnicos, de procedimentos de segurança e uma postura ética particulares, que a cada Escuteiro cumpre saber e exercer, na medida da sua idade e maturidade, no desempenho das suas atividades.

Por outro lado, e em estreita complementaridade, temos o Aprender Fazendo.

O Escutismo tem como objetivo ajudar as crianças e os jovens a desenvolver integralmente as suas capacidades, para que se tornem membros ativos e responsáveis na sua comunidade. Desenvolvimento esse que resulte progressivamente em maior autonomia da criança ou do jovem. Para tal, esta não pode apenas ouvir dizer ‘como é que se deve fazer’ ou ver os outros a atuar. Para aprender é necessário experimentar, sentir, estar nas situações. Isto porque a aprendizagem é um processo dinâmico e ativo.

Agente ativo na escolha dos projetos que quer realizar – motivado pelas suas escolhas, pelos pares, pela saudável competição – a criança ou o jovem envolve‐se na sua realização, o que significa que vai aprender pela ação, percebendo a utilidade do que aprendeu (o que o motiva para aprender mais), desenvolver as suas capacidades e descobrir habilidades e gostos que, de outro modo, provavelmente não descobriria.

É neste quadro que a Técnica Escutista surge, existe e persiste no Método Escutista: por um lado, como a ferramenta necessária a Viver na Natureza, por outro como algo que se naturalmente se consegue Aprender Fazendo.

Texto de: Pedro Duarte Silva. Fotografia de: Bruna Coelho.

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