Organizada pela Equipa Regional de Espiritualidade da Junta Regional do Porto, decorreu, nas instalações da Casa Diocesana de Vilar, a 25 e 27 de Janeiro, a Semana de Assis 2017 subordinada aos temas “Escutismo, Ecumenismo e Inter-religiosidade no CNE” e “Preparação e Orientação de momentos celebrativos” (oração e celebrações), com a participação de cerca 100 de participantes.
A primeira sessão teve lugar do dia 25 de Janeiro onde, num primeiro momento, o assistente regional Padre Renato Poças, fez uma introdução histórica das principais religiões professadas pela humanidade, esclareceu a plateia sobre os grandes Cismas e rupturas na Igreja Católica e explicou os conceitos de Ecumenismo e Inter-religiosidade.
Foi também aconselhado, para uma melhor compreensão dos temas, a leitura dos textos: Diálogo e Anúncio (Pontífico Conselho para o Diálogo Inter-religioso congregação para a evangelização dos povos); Unitatis Redintegratio (Decreto do Concílio Vaticano II); Declaração Dignitatis Humanae (de sua Santidade Paulo VI).
Nesta mesma sessão foi feito um exercício no sentido de refletir sobre argumentos a favor e contra uma possível abertura do CNE a todas as confissões não católicas mas cristãs ou seja, promover diálogo ecuménico.
Do lado dos argumentos a favor surgiram os seguintes comentários. Necessidade. É efetivamente necessário, no nosso País, uma necessidade esta abertura? Inclusão. É possível incluir tudo e todos em todo o lado?
Do lado dos argumentos contra surgiram os seguintes comentários. Risco de perda de identidade, alteração do Ritual das Promessas e alteração da Mística e da Simbologia para cada uma das confissões religiosas, Dirigentes mal preparados, descaracterização do património da Fé, o caracter evangelizador do CNE. Ficam as pistas para reflexão.
Na segunda sessão, a 27 de Janeiro, foi explicado o conceito de oração, tipos, intenção da oração, graus, aqui convém referir, para entendermos o quanto é difícil orar, que Santa Teresa de Ávila aponta 9 graus, oração vocal, meditação, oração afetiva, oração de simplicidade, oração de recolhimento infuso, oração de quietude, oração de união, oração de união exótica ou desposório espiritual e a terminar oração transformante ou matrimónio espiritual.
Posteriormente, os participantes foram divididos em grupos e foi-lhes pedido que elaborassem um esquema de uma celebração/oração tendo em conta os seguintes parâmetros: Destinatários; Contexto litúrgico; Tempo; Ambiente; Adequação de recursos; Agentes a Intervir; Motivação espiritual da oração; Símbolos a usar; Estrutura ritual; Modalidade da oração e Adequação dos textos. Os diversos esquemas apresentados foram depois discutidos e comentados pelos participantes.
A encerrar, o assistente regional, Padre Renato, chamou a atenção para os erros que frequentemente arrasam uma oração/celebração. São eles a sobrecarga simbólica, planear pouco e deixar o restante ao improviso, avaliar a qualidade da oração, abusar da atenção/concentração dos participantes, pouca atenção na escolha do local, desequilíbrio entre palavra/gestos/canto/silencio, escolha de agentes incapazes de realizar bem a sua missão.
Texto e fotografia de: Manuel Joaquim.