Reunidos no segundo congresso do Voluntariado em Portugal, promovido pela Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV), cuja direção o CNE integra, as diversas instituições que gerem, motivam, regimentam e representam os voluntários clamam por uma revisão da lei e uma maior atenção por parte do poder político.
Melhorar a definição, torná-la mais abrangente e proteger o voluntário de excessos e interpretações defeituosas das suas funções é o objetivo.
Cuidar de registar com detalhe as ações de voluntariado e os seus voluntários contribui para uma estatística mais rigorosa e comparativa, que visa melhorar a visão do setor.
Estudar rigorosamente este setor, através de maior envolvimento da academia, apurando estratégias de motivação e sustentação do voluntariado, é mais uma linha de intervenção requerida.
Portugal tem registos de atividade de voluntários superiores ao milhão e quatrocentos mil.
A Confederação Portuguesa do Voluntariado dispõe já de diversos instrumentos de proteção e clarificação do papel do voluntário, como sejam a carta do voluntário (seus direitos e deveres) e um selo de voluntariado que certifica atividades de voluntários no nosso país.
O encontro decorreu no passado dia 21 de outubro, no Centro Ismaili de Lisboa, reuniu uma centena de congressistas e teve a partilha de experiências de diversos académicos, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica e Bélgica, além de Portugal, organismos europeus e nacionais de juventude e voluntariado e algumas dezenas das instituições habituadas ao serviço do voluntariado.
Em pleno momento de voluntariado generalizado a propósito dos incêndios, este debate veio gerar maior pressão sobre o governo, no sentido de tornar mais clara e dinâmica a atividade do voluntariado em Portugal.
Texto de: João Teixeira e Paulo Santos. Fotografia de: Confederação Portuguesa do Voluntariado.