A “Missão Sininho” nasceu no VI Ciclo de Cenáculo, no Clã Impisa, do Núcleo Solarius, região de Lisboa, onde os caminheiros sonharam em fazer uma atividade de serviço nas suas vilas/cidades, estabelecendo, desse modo, um contacto direto com a realidade das instituições locais e assumindo um papel ativo no planeamento e dinamização de atividades recreativas para os utentes das mesmas.
Neste sentido, 15 participantes puderam vivenciar esta atividade durante cinco dias, formando duas tribos com caminheiros de todo o Núcleo, em duas zonas geográficas distintas (Aveiras de Cima e Carregado). Na última noite de atividade, as duas tribos juntaram-se para trocarem relatos das suas experiências, editarem dois vídeos finais sobre o projeto e trocarem prendas entre si, numa dinâmica de amigo secreto que estava em conformidade com o imaginário e a lógica das orações diárias.
O projeto abrangeu as seguintes instituições: Casa do Pombal “A mãe”; Instituto Sãozinha; Jardim Infantil da paróquia de Aveiras de Cima; Lar de idosos da paróquia de Aveiras de Cima; Lar do Centro Paroquial e Social do Carregado; Lar da Santa Casa da Misericórdia de Aldeia Galega da Merceana; Loja Social do Carregado; Santa Casa da Misericórdia de Alenquer.
Este modelo de vivência em tribos mistas, que participam no mesmo projeto, mas em zonas distintas, permitiu desenvolver nos caminheiros uma motivação para atividades de serviço e de contacto social, bem como um sentimento de pertença e envolvência num grupo que idealiza, organiza e concretiza um plano de ação no âmbito da cidadania ativa, contribuindo para a mudança a nível local.
Posto isto, refira-se também a pertinência do apoio do Fundo Manuel Faria e da Junta de Núcleo para colocar em prática um compromisso e um sonho idealizado numa carta de Cenáculo. Tal como na obra Peter Pan, os caminheiros deixaram-se enfeitiçar pela magia do serviço e criaram a oportunidade de espalhar essa magia diante da comunidade local, contribuindo ativamente para um mundo melhor. A personagem Sininho foi escolhida simbolicamente numa metáfora sobre o poder de acreditar, onde os caminheiros, numa perspetiva de seguidores de Cristo, puderam ser realizadores de sonhos.
Texto de: Equipa da Missão Sininho. Fotografia de: Laura Costa e Filipe Mota.