São Francisco e Santa Jacinta Marto foram reconhecidos em 1989 pela Igreja Católica como modelos de inspiração para todos os cristãos. No Corpo Nacional de Escutas (CNE) são modelos de vida para a I secção, porque mostram aos lobitos como a fé e o amor podem ser vividos através da simplicidade. Para os lobitos o CNE pede o mesmo sentido de missão dos Pastorinhos: Que continuem a ser crianças e que em gestos simples do dia-a-dia saibam ver o amor de Deus nas pequenas coisas que se cruzam no seu caminho.

No ano 2000, Francisco e Jacinta foram beatificados, através de decreto do Papa João Paulo II. Anos mais tarde, foi reconhecido um milagre pela Congregação das Causas dos Santos, através da cura inexplicável de uma criança, que após uma queda grave ficou sem qualquer sequela do acidente. A família rezou durante o seu internamento a Nossa Senhora de Fátima e aos dois pastorinhos.

Os dois irmãos foram então canonizados pelo Papa Francisco em 2017, ano do 1º centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima. O Santo Padre disse em Fátima, a 13 de maio de 2017, referindo-se a Nossa Senhora «Queridos peregrinos, temos Mãe! Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus. Como exemplo, temos diante dos nossos olhos São Francisco Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de Deus e aí os levou a adorá-lo. Daqui lhes vinha a força para superar contrariedades e sofrimentos (..) Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador».

A vida de Santa Jacinta foi marcada pela compaixão pelos que sofrem, pelo cuidado atento e carinhoso. São Francisco, foi um consolador de Deus, a sua vida de oração foi alimentada pela escuta atenta, no silêncio onde Deus fala.

O dia litúrgico dos Santos Pastorinhos é comemorado a 20 de fevereiro (data da morte de Jacinta Marto), porque os pastorinhos foram e continuam a ser um modelo a seguir, pela sua simplicidade, dedicação, trabalho e confiança em Deus.