Abril, Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

A campanha do Laço Azul, de prevenção aos maus-tratos na infância, começou em 1989 nos Estados Unidos a partir de uma homenagem de uma avó e estende-se internacionalmente até aos nossos dias.

O ano era 1989. Bonnie Finney, em homenagem ao seu neto que falecera vítima de maus tratos às mãos do namorado da sua mãe, prendeu uma fita azul à antena do seu carro. O objetivo era que as pessoas a questionassem sobre a fita e, assim, gerar um diálogo de sensibilização sobre os maus tratos na infância. Bonnie escolheu o azul para simbolizar a cor das nódoas negras, servindo, então, de lembrança constante da violência que o seu neto sofrera.

Ao longo dos anos, esta campanha ganhou tração internacionalmente e hoje são vários os países que promovem ações de prevenção e sensibilização aos maus tratos infantis no mês de abril, utilizando o laço azul como símbolo. Em Portugal, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens promovem numerosas campanhas no mês de abril a nível nacional. Em 2023, o Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância encerrou-se com um gigante laço azul humano no Terreiro do Paço, em Lisboa, que contou com a participação de cerca de 1500 crianças de vários Agrupamentos de Escolas de Lisboa.

O CNE, enquanto movimento juvenil, está empenhado na prevenção dos maus tratos a crianças e jovens. Em conjunto com o MSC (Movimiento Scouts Católico), está a trabalhar no projeto “Proteção na Infância”. Este projeto pretende fomentar a reflexão, o desenvolvimento de conteúdos e ferramentas e a colaboração na temática do safeguarding envolvendo crianças e jovens, dirigentes e outras organizações. Também a política “Escutismo: Movimento Seguro” é sinal do compromisso do CNE com a proteção dos mais novos, visando proporcionar um ambiente seguro para crianças e jovens.

Texto: Catarina Valada.

Imagem: CNE.

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