Decorreu, hoje, a 6ªedição da Ação Bandeira, integrada no Mês do Mar. Esta atividade é fruto da parceria com a Fundação Oceano Azul, o Oceanário de Lisboa, a Junta Regional de Lisboa e a Junta de Freguesia do Parque das Nações e foi realizada no âmbito do projeto Scouts4Ocean, com o apoio da campanha Litter Less e da Foundation for Environmental Education (FEE).”
Na abertura da atividade o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, Carlos Ardisson felicitou todos pela escolha do Parque das Nações para receber esta atividade. Reforçou ainda que “É fantástico o trabalho que é feito pelos escuteiros e outras associações, no envolvimento dos jovens e que eles percebam que são uma parte ativa da nossa sociedade e que podem marcar mesmo muita diferença.”
Os mais de 600 escuteiros que participaram nesta edição, logo pela manhã apresentaram-se ao serviço de modo a fazerem a diferença nesta temática do lixo marinho. Foram organizados 16 postos de limpeza ao longo do Rio Trancão, onde foram recolhidos diversos géneros de lixo.
Recordamos que Mês do Mar é uma iniciativa que decorre no mês de novembro, e o seu principal objetivo é criar uma onda de limpeza de praias e zonas ribeirinhas no nosso País, bem como sensibilizar os jovens e comunidades para o problema do lixo marinho.
José Rodrigues, Secretário Nacional para o Ambiente e Sustentabilidade confirmou à Flor de Lis que esta atividade está num processo de crescimento, onde além do envolvimento das estruturas escutistas, potencia o envolvimento efetivo de parceiros com quem têm trabalhado. Reforçando ainda que “Temos a consciência que se conseguirmos albergar mais jovens, serão mais jovens que conseguiremos moldar e trazer para esta causa e sabemos que estes jovens também têm impacto nas suas famílias.”
Na parte da tarde foram todos convidados a participar em diversos workshops e ateliers sobre temas como: ambiente, sustentabilidade, oceanos e resíduos, dinamizados por diversos parceiros institucionais e ainda pelo Departamento Nacional de Ambiente. Desta forma proporcionou-se a todos os participantes um maior conhecimento sobre a riqueza e a importância do Oceano e dos ecossistemas marinhos.
A responsável desta atividade e ainda chefe do Departamento Nacional de Ambiente, Daniela Casimiro ao analisar a Ação da Bandeira afirma que “o que temos notado ao longo destes anos é que continuamos a apanhar muito lixo, existe muita poluição, continua a existir muita falta de respeito pela parte cívica e então continuamos a ter de fazer estas ações. Continuam a fazer sentido e temos cada vez mais participantes, porque as pessoas reveem-se no problema do lixo marinho, sentem que também é responsabilidade sua e que podem agir por um mundo melhor.”
Por fim deixou um desafio a todos para continuarem a ser agentes de mudança independentemente do sítio onde estão “não é preciso estarmos fardados, logo continuem a ser nas vossas casas, nas vossas famílias, nas vossas escolas, a terem atitudes conscientes pois temos de proteger o nosso planeta em tudo o que pudermos.”
A atividade contou com a participação dos Escuteiros Gregos que têm trabalhado em conjunto com o CNE através da iniciativa Earth Tribe. Athina Tsekoura, responsável da Ação Bandeira, na Grécia mostrou-se entusiasmada com o trabalho conjunto que tem sido feito, proporcionando um conjunto de iniciativas e propostas para que todos os jovens possam agir em prol da proteção do ambiente.
Athina Tsekoura considerou que a atividade foi espantosa reforçando que “é uma excelente forma de trazer os mais jovens para estas temáticas e interessarem-se e sentirem que podem fazer a diferença.”
Deixou ainda uma mensagem a todos os nossos escuteiros “Todas as ações contam, mesmo que achemos que são pequenas pois podem fazer uma grande diferença.”
Por fim Carlos Pacheco, Chefe Regional de Lisboa realçou a importância da região receber este tipo de atividade “A Ação Bandeira, Mês do Mar é algo que envolve todo o CNE e neste dia há um envolvimento mais intenso, e isto faz com que consigamos envolver não só a região, como o núcleo, como também a comunidade envolvente nesta grande dinâmica, que mostra a todos que se cruzam connosco o que é o escutismo e as diferentes formas onde podemos atuar.”