Caminheiros do Agr. 676 levam a magia do Serviço à Praça da Alegria

No dia 23 de dezembro de 2024, os Caminheiros Inês Mota e Guilherme Figueiredo do Agr. 676 Cristo-Rei foram à Praça da Alegria, da RTP, realizar o sonho da D. Ana Maria Silva de participar no programa.

Como poderia saber a D. Ana Maria, conhecida do Agr. 676 Cristo-Rei há mais de 20 anos, que iria realizar o sonho de participar na Praça da Alegria, da RTP, com a ajuda dos escuteiros? Este presente de Natal inesperado foi possível graças ao projeto “Caixa dos Desejos” do Clã 71, uma iniciativa que nasceu como complemento aos cabazes de Natal organizados pelo agrupamento anualmente há cerca de duas décadas.

Guilherme Figueiredo, Caminheiro do Agr. 676, contou à Flor de Lis que a “Caixa dos Desejos” surgiu durante uma reunião informal de Clã. «Inspirámo-nos no Lucas with Strangers, que faz vídeos a dar coisas a desconhecidos. […] Decidimos adaptar isso à nossa realidade, dando às pessoas um papel e uma caneta para que escrevessem aquilo que gostavam de receber que lhes faltasse, de bens materiais», explicou. Entre os pedidos, destacou-se o da D. Ana Maria, que desejava assistir à Praça da Alegria em pessoa.

Rapidamente o Clã colocou mãos à obra. A ajuda de uma Caminheira do agrupamento, que trabalha na área da comunicação social, foi crucial para que o contacto com a produção da Praça da Alegria fosse estabelecido. O plano inicial era apenas assistir ao programa, mas uma surpresa estava à espera de D. Ana Maria e dos Caminheiros Inês e Guilherme, que a acompanharam ao estúdio. «Pensámos mesmo, “OK, a D. Ana vai-se sentar, nós vamos esperar por ela e depois vamos embora”. Mas depois quando chegamos lá, começaram a pentear-nos, a pôr microfones e tudo mais e eu confesso que fiquei super nervosa!», partilhou Inês. 

Inês e Guilherme compreenderam rapidamente os desafios de comunicar o escutismo. Como nos contou o Caminheiro do Agr. 676, «tentar representar um Movimento assim global, temos que ter muito cuidado com as palavras. Aquilo que dizemos, aquilo que não dizemos, aquilo que é perigoso. Mas é bom, porque sinto que fizemos um bom trabalho no programa, os dois». Para tal, os Caminheiros contaram com a ajuda do Chefe de Agrupamento, que lhes disponibilizou documentos informativos do Projeto Bolota, uma plataforma do CNE que reúne recursos de comunicação para escuteiros.

O momento, no entanto, serviu para reforçar a importância de mostrar ao público em geral o impacto positivo do escutismo. É frequente as pessoas não compreenderem o teor das atividades realizadas pelos escuteiros e acabam por simplificar o Movimento, como sublinhou Guilherme: «Muitas vezes, somos vistos só como os rapazes e raparigas que andam de lenço, que ainda brincam e ajudam a senhora a atravessar a estrada – que fazemos, mas é isso e muito mais. Acho que é preciso demonstrar, como fizemos no programa, e isso pode ser esclarecedor». Adicionou ainda que «as pessoas que têm uma má imagem de nós ou que não conhecem tão bem aquilo que fazemos começam a ver com outros olhos e começam a perceber que se calhar isto é bom para si ou para os seus filhos».

Podes assistir à participação da D. Ana Maria, da Inês e do Guilherme na Praça da Alegria acedendo à RTP Play através deste link (minuto 22:11).

Texto: Catarina Valada.

Fotos: Clã 71 do Agr. 676 e Marco Brites.

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