A cerimónia, que iria acontecer originalmente a 27 de abril deste ano durante o Jubileu dos Adolescentes, foi adiada devido à morte do Papa Francisco dias antes. Assim, esta será a primeira canonização do pontificado de Leão XIV, a que irá assistir uma delegação do CNE composta pelo Chefe Nacional Adjunto, Paulo Pinto, acompanhando Leonor Moura, Candidata a Dirigente do Agr. 467 Charneca de Caparica, e Maria Claro, Caminheira do Agr. 658 S. João Evangelista de Carrazeda de Ansiães.
Leonor e Maria, à data Caminheira e Pioneira, foram selecionadas em 2020 para representar o CNE na beatificação de Carlo Acutis através do concurso “Carlo Acutis – um jovem como tu!”, em que foram desafiadas a criar um vídeo original sobre a vida do jovem. No entanto, devido à evolução da pandemia do Covid-19, não puderam realizar a viagem a Assis. «Agora, cinco anos depois, voltaram a contactar-me para ir à sua canonização e aceitei com enorme alegria», afirmou Maria Claro à Flor de Lis.
Conhecido como o “padroeiro da Internet”, Carlo Acutis será o primeiro santo da geração millennial. Nasceu a 3 de maio de 1991, em Londres, na Clínica Portland. Ainda nesse ano, a sua família regressou à terra-natal de Milão, na Itália, quando Acutis tinha apenas quatro meses.
O jovem mostrou uma afinidade com a fé desde tenra idade. Recebeu a Primeira Comunhão com apenas 7 anos e o Crisma com 12. Desde a infância que rezava o Terço todos os dias e procurava assistir à Missa diariamente também.
Já na adolescência, entre as responsabilidades de catequista e passatempos como o futebol, Acutis mostrava-se interessado pela programação informática. Com 15 anos, criou o site www.miracolieucaristici.org para documentar e dar a conhecer milagres reconhecidos pela Igreja Católica ao longo da História.
A 2 de outubro de 2006, Carlo adoeceu com o que parecia ser uma gripe. Dias depois, quando o seu estado de saúde se agravou, foi diagnosticado com uma leucemia fulminante do tipo M3. A 10 de outubro, Acutis pediu para receber a Unção dos Enfermos, certo de que faleceria em breve. Aconteceu dois dias depois, a 12 de outubro de 2006, após uma hemorragia cerebral provocada pela leucemia.
Carlo Acutis teve dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica. O primeiro refere-se à cura inexplicável de um menino brasileiro com doença congênita no pâncreas em 2013, pela qual foi mais tarde beatificado em 2020. O segundo milagre a ele atribuído foi reconhecido em 2024 – uma jovem costarriquenha recuperou de um acidente após a sua mãe ter rezado a Acutis junto ao seu túmulo em Assis, na Itália. Este segundo milagre leva então à canonização de Carlo Acutis, que irá decorrer no próximo domingo.