Localizado numa das áreas mais emblemáticas e sensíveis do Norte de Portugal, o CRAE tem sido um ponto de referência na resposta integrada às emergências, reforçando a importância do trabalho colaborativo entre instituições civis e o Corpo Nacional de Escutas.
Este espaço, estrategicamente equipado e com capacidade para acolher até 80 pessoas em condições dignas e seguras, dispõe de infraestruturas essenciais, como água potável, chuveiros, eletricidade e sanitários, garantindo o bem-estar e a recuperação física dos operacionais após longos turnos de combate ao fogo. A sua localização privilegiada no coração do Parque Natural do Alvão e Marão permite uma resposta rápida às necessidades emergentes, contribuindo para a eficiência das operações de proteção e socorro.
Simultaneamente, as Equipas de Apoio de Retaguarda (EAR) do Corpo Nacional de Escutas da região de Vila Real têm sido fundamentais neste esforço coletivo. Inspiradas em experiências anteriores bem-sucedidas noutras regiões, as EAR têm desempenhado um papel ativo na logística de apoio aos operacionais, incluindo a preparação, distribuição de refeições, higiene e facilitação de evacuações, sempre com a dedicação e o espírito de solidariedade que caracterizam o escutismo. A coordenação e o empenho das entidades locais, nomeadamente a Junta Regional de Vila Real e os agrupamentos 212 S. Pedro, 482 Sé, 708 Mateus, 840 Moura Morta e 1315 Campeã têm sido essenciais para o sucesso desta iniciativa.
Principais pontos de intervenção:
O campo escutista funciona como um refúgio temporário, proporcionando aos operacionais um espaço digno, confortável e seguro para descanso, fundamental para a recuperação física após turnos exaustivos de combate às chamas.
- Apoio alimentar e logístico pelas EAR
As Equipas de Apoio de Retaguarda têm organizado a distribuição eficiente de refeições e bebidas, garantindo que os operacionais disponham dos recursos essenciais para manter a energia e a moral elevadas. Este apoio inclui a montagem de áreas de refeição, manutenção de elevados padrões de higiene e segurança, e o acompanhamento contínuo das necessidades logísticas no terreno.
- Coordenação com entidades oficiais
Todo este esforço é desenvolvido num esquema de coordenação estreita entre o Corpo Nacional de Escutas, as autoridades locais, os serviços de Proteção Civil e outros agentes de emergência, assegurando uma resposta integrada, rápida e eficaz às situações de crise.
Este modelo de cooperação exemplifica o papel vital do Escutismo e das suas estruturas regionais na resposta às situações de emergência, reforçando o valor da solidariedade, da organização e do compromisso comunitário. Através das suas Equipas de Apoio de Retaguarda e dos Centros de Atividades Escutistas, a região de Vila Real demonstra que, em momentos de adversidade, a união, a preparação e a ação coordenada podem fazer toda a diferença na proteção e bem-estar das populações afetadas.