CNE celebra 102 anos a deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos

Fundado em 1923 na cidade de Braga com o nome de Corpo de Scouts Católicos Portugueses, o CNE nasceu da visão do Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e do médico Avelino Gonçalves, que, inspirados por um desfile de escuteiros durante o Congresso Eucarístico Internacional de Roma em 1922, decidiram criar uma associação católica de Escutismo em Portugal. Desde então, o CNE tem vindo a desenvolver a sua missão a par e passo com a História do nosso país, promovendo a cidadania ativa, o serviço ao próximo e a vivência da fé em comunidade.

Ao longo destas mais de dez décadas, o CNE tem vindo a deixar as suas marcas no associativismo juvenil em Portugal: publicou a primeira edição da revista Flor de Lis em 1925, organizou o seu primeiro acampamento nacional em 1926, recebeu a primeira visita de Baden-Powell em 1929, adotou oficialmente a coeducação após o 25 de abril e sobreviveu à pandemia de 2020 com iniciativas como o “Escutismo em Casa” e o ACANTONAC, o primeiro Acantonamento Nacional em Portugal. O reconhecimento pelo valor educativo e social da nossa associação tem sido reiterado através da atribuição de várias distinções honoríficas do Estado português, incluindo a Ordem de Mérito, a Ordem do Infante D. Henrique e, mais recentemente, a Ordem da Instrução Pública.

Mais do que uma História feita de datas e marcos, o CNE construiu, com a ajuda de várias gerações de escuteiros, dirigentes e da comunidade, um Movimento vivo e em constante renovação. Nestes 102 anos de atividades, o Chefe Nacional Ivo Faria destaca «a energia dos nossos agrupamentos, cada vez mais ativos na construção de oportunidades para os nossos jovens descobrirem o seu caminho e se comprometerem, em conjunto uns com os outros, nos seus bandos, patrulhas, equipas e tribos, com o desenvolvimento das suas comunidades locais.»

Com cerca de 70 mil membros espalhados por todo o país e no estrangeiro, o CNE continua a ser uma referência na educação não-formal e no desenvolvimento dos cidadãos do amanhã. Hoje, ao assinalar os seus 102 anos, o CNE permanece firme na missão de formar jovens com carácter, espírito de serviço e capacidade de transformar o mundo à sua volta pela positiva.