CNE presente em cerimónia com o Papa

A convite da presidência, o Corpo Nacional de Escutas marcou presença no encontro com autoridades políticas, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático.

O dia amanheceu com um entusiasmo contagiante dos milhares de peregrinos que se foram reunindo em frente à Presidência da República, em Belém para receber o Santo Padre.

Este primeiro dia do programa do Papa Francisco foi dedicado à parte protocolar e diplomata. Após ter sido recebido com honras de estado o Papa esteve na Presidência onde escreveu no livro de honra, descrevendo Portugal como um “país de coração jovem” onde espera alargar os “horizontes de fraternidade”.

“Peregrino da esperança em Portugal, rezo e faço votos para que este país de coração jovem continue a fazer-se ao largo rumo a horizontes de fraternidade; Lisboa, cidade do encontro, inspire modos de enfrentar em conjunto as grandes questões da Europa e do mundo”, pode ler-se na mensagem, escrita em português.

De seguida o destino foi o Centro Cultural de Belém onde decorreu o encontro com autoridades políticas, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático. Neste encontro Ivo Faria, Chefe Nacional do CNE, esteve presente a convite da presidência.

Após este encontro Ivo Faria afirmou que foi enriquecedor realçando ainda que “que o calor humano que o Papa transmite e a mensagem que ele deixou a todos os jovens, de serem capazes de sonhar e de querem ser mais, é uma mensagem de extrema importância”.

A mensagem deixada pelo Santo Padre neste encontro reforça ainda que o trabalho desenvolvido no CNE está no bom caminho, “isto porque devemos caminhar no mesmo sentido, mas também com o desassossego, do muito que ainda há para fazer” afirmou Ivo Faria.

O Papa Francisco na sua intervenção afirmou “Estou feliz por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal; torna-se, de certo modo, a capital do mundo, capital do futuro, porque os jovens são o futuro. Isto condiz bem com o seu caráter multiétnico e multicultural (penso, por exemplo, no bairro da Mouraria, onde convivem pessoas provenientes de mais de 60 países) e revela os traços cosmopolitas de Portugal”.

Realçou que Lisboa é cidade de esperança, agradecendo ainda “todo o trabalho e empenho desenvolvido para receber um evento tão complexo de gerir, mas fecundo de esperança, pois – como se diz por aqui – «ao lado dos jovens, não se envelhece». Jovens provenientes de todo o mundo que cultivam anseios de unidade, paz e fraternidade, jovens que sonham desafiam-nos a realizar os seus sonhos bons”.

Ao final da tarde já no Mosteiros dos Jerónimos proferiu uma homilia onde contou com a presença de bispos, membros do clero e de Institutos de Vida Consagrada, seminaristas e agentes de pastoral da Igreja Católica.

Diante dos principais responsáveis da Igreja Católica em Portugal, o Papa Francisco sublinhou a necessidade de anunciar a fé “no meio da gente”, como Jesus.

“Cristo está interessado em fazer sentir a proximidade de Deus precisamente nos lugares e situações onde as pessoas vivem, lutam, esperam, às vezes colecionando nas suas mãos fracassos e insucessos” salientou.

Afirmou ainda “Estou feliz por me encontrar no meio de vós não só para viver, juntamente com muitos jovens, a Jornada Mundial da Juventude, mas também para partilhar o vosso caminho eclesial com as suas canseiras e esperanças”.

O dia culminou na Nunciatura, a embaixada da Santa Sé em Lisboa, onde o Papa Francisco recebeu um grupo de 13 pessoas, vítimas de abusos por parte de membros do clero, acompanhadas por alguns representantes das instituições da Igreja portuguesa responsáveis ​​pela proteção de menores”, conforme comunicado da Santa Sé. O encontro decorreu em “clima de escuta intensa”, acrescenta o texto, e “durou mais de uma hora.

Do programa desta Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, inclui na sua programação um conjunto de eventos religiosos, culturais e desportivos.

Texto de Susana Micaela Santos

Fotografias: António Rendeiro e Rui Pereira

 

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