Conhece o Clã Académico de Bragança!

Foi em 2016, que a Região de Bragança-Miranda viu nascer, na cidade de Bragança, um novo albergue para os Caminheiros que aí estudam: o Clã Académico de Bragança (CAB)!

A criação deste Clã foi acompanhada e divulgada na rubrica quinzenal «Caminho a Seguir» do jornal Mensageiro de Bragança. A edição de 11 de setembro de 2016 partilhava que, fruto do crescente contacto entre os estudantes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e do agrupamento XVIII, potenciado pela participação do agrupamento na Eucaristia da Bênção das Pastas, estavam já a ser realizados contactos com a Capelania do IPB por forma a dar início à divulgação do CAB durante a semana de matrículas do IPB. 

Assim, depois de dar os seus primeiros passos no ano de 2016, o CAB voltou a abrir portas em 2017, renovando a sua imagem. A mesma rubrica noticiava, no dia 17 de novembro de 2017, a identificação de «30 Caminheiros de vários pontos do país e de vários países já referenciados e prontos para fazer Escutismo em Bragança».

Atualmente, o Clã Académico, que tem São Bento por Patrono, reúne às terças-feiras, pelas 21h30, no espaço Inter-Religioso do IPB e conta com oito elementos oriundos das regiões do Porto, Aveiro, Faro, assim como do Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, e é acompanhado por três Dirigentes do Agrupamento XVIII (Bragança). Existe já a previsão de receber mais um elemento internacional no próximo ano, vindo de Marrocos!

Ao longo dos últimos oito anos, o CAB tem realizado várias atividades, nomeadamente acampamentos em Drave, acantonamentos no concelho de Bragança, apoio a várias atividades do Agrupamento XVIII e da diocese de Bragança-Miranda. 

Nesta vivência, um pouco diferente da que se pratica nos agrupamentos, a tolerância, respeito e capacidade de adaptação são essenciais, já que os Caminheiros vêm de diferentes realidades sociais e económicas. Apesar de outras atividades académicas influenciarem, por vezes, a motivação dos jovens, os valores praticados pelo movimento permitem manter ligados os jovens mais ávidos de Escutismo. A ligação ao agrupamento local e a realização de atividades aliciantes na Região de Bragança-Miranda têm ajudado a motivar os elementos, permitindo-lhes conhecer melhor a cidade que os acolhe temporariamente. 

Na nossa opinião, os clãs académicos (CA) são, sem dúvida, uma forma de colmatar a ausência da regularidade na vivência do Caminheirismo, resultante da distância física entre os agrupamentos de origem e as cidades onde estudam, permitindo aos jovens manter-se ativos no movimento.

Maria Eduarda, escuteira no Brasil há 12 anos, contou-nos: «Vim para Portugal cursar a faculdade em Bragança, e uma das primeiras coisas que procurei foi os Escoteiros. Em uma atividade extracurricular da faculdade descobri que havia um agrupamento, e entrei em contato. Assim que expliquei minha situação, me indicaram o CA. Estava super-ansiosa para minha primeira participação, e posso dizer que foi incrível! Fui recebida muito bem por todos. Me explicaram como funcionava esse movimento e quais as principais diferenças entre o Escotismo e o Escutismo. Hoje, depois de um ano participando das reuniões, conheci novos lugares, novas pessoas, um novo movimento, e me reencontrei. Gostei tanto, que alguns meses depois de ter entrado no CA, me inscrevi também no agrupamento XVIII. Os Escuteiros se tornaram minha família aqui em Portugal.»

Inês Liberato, do Agr. 446 Valongo, Região do Porto, dá a sua visão enquanto Caminheira do CNE: «Em novembro de 2021, fui estudar para a Terra dos Amigos para Sempre (Bragança). Na Caminhada do ano escutista 2022/2023, tivemos a ideia de visitar as cidades onde os Caminheiros deslocados do Clã estudavam. A primeira cidade foi Bragança. Ao organizar a atividade em dezembro de 2022, tive contacto com o chefe de agrupamento na altura, José Salgado, que me apresentou a sede e me falou sobre o CAB. Em janeiro de 2023, ao entrar no Clã Académico, novas realidades se abriram para mim. Pude aprender como fazer Escutismo com escuteiros de outros países, além de descobrir como podemos praticar Escutismo durante a semana e no meio académico.»

Texto: Inês Liberato, Maria Eduarda Cândido, José Miguel Salgado e Márcio Carocho.

Fotos: Clã Académico de Bragança.

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