Depois de ter partilhado muitos anos da sua vida sacerdotal com D. José Policarpo, D. Manuel Clemente iniciou a sua tomada de posse com rasgados elogios ao Patriarca emérito, entregando-se posteriormente “de coração à cidade de Lisboa”.
No final da tomada de posse, D. Manuel Clemente fez questão de frisar que: “Esta tomada de posse significa, na verdade, uma despossessão de mim próprio para que a Igreja de Lisboa tome conta de mim”, deixando, depois, um pedido a todos os sacerdotes da diocese. “A única coisa que peço a Deus é que seja assim: Que todos nos desapossemos de nós próprios para que Jesus Cristo seja por nós o único sinal a apresentar ao mundo”.
Em representação do Estado português esteve presente o Presidente da República Cavaco Silva, o primeiro-ministro Passos Coelho, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, Paulo Portas, Pedro Mota Soares, Guilherme d’Oliveira Martins, D. Duarte de Bragança e os chefes dos vários ramos das Forças Armadas. Presentes ainda 278 padres e bispos e 65 diáconos.
Durante a homília o novo Patriarca apontou para a necessidade de ser: “preciso criar comunidades acolhedoras, onde todos os marginalizados encontram a sua casa. Comunidades que o sejam quer para acolher, quer procurado quem ainda não chegou. Que todos possam encontrar sempre ‘Sim’ à pessoa que são, mesmo quando não devamos conceder o que imediatamente nos peçam. Fazendo isso imitaremos Cristo, que tanto evidenciou a misericórdia divina como não escondia a exigência evangélica”.
O Agrupamento de Torres Vedras, onde D. Manuel foi escuteiro, fez questão de estar presente e levar a bandeira de Clã do qual o novo Patriarca fez parte.
Texto de: Rita Penela. Fotografia de : Ricardo Perna.