Diálogo inter-religioso no Centro Ismaili

Moderada por Zohora Pirbhai, a conversa teve o objetivo de perceber o que nos distingue, o que nos une e o que nos reúne. 

Clara Cruz Correia, dirigente do CNE, partilhou a sua experiência com a fé católica, que diz ter surgido pelo escutismo, porque é “muito mais fácil encontrar Deus na Natureza e nas adversidades das atividades”.

Salima Nizarali, escuteira da comunidade Ismaili em Lisboa lembrou que o escutismo e a religião partilham valores semelhantes, como o desenvolvimento pessoal e espiritual, o sentido de serviço e o sentimento de irmandade. 

Xavier de Verchere, padre francês, contou algumas histórias sobre o seu tempo de serviço na África Central com jovens escuteiros de religiões diferentes, que num contexto de guerra foram exemplo de paz. Lembrou também que todos temos uma aspiração de espiritualidade, no entanto, como as experiências que vivemos são únicas, também a nossa experiência com Deus é singular.

Dezenas de escuteiros, de diferentes nacionalidades, assistiram à conversa e alguns partilharam também a sua experiência e visão quanto ao tema. Concluiu-se que, independentemente da religião e da fé de cada pessoa, o lenço que representa a nossa promessa de escuteiro também representa aquilo que nos une: o serviço ao outro e o sentimento de irmandade, que leva a uma conexão especial entre todos os escuteiros.