Porque as aventuras são para ser vividas como as músicas são para ser cantadas.
E tanto poderia dizer sobre estes dias, que custa encontrar as palavras certas que os descrevam na sua plenitude.
O Jubileu iniciou, na (minha) verdade, a 6 de agosto de 2023, quando o Papa Francisco, no encerramento das JMJ 2023, lançou o repto que ficou cravado “Y al final, hay un momento que todos esperan. Doy cita a los jóvenes de todo el mundo para 2025 en Roma para celebrar juntos el Jubileo de los Jóvenes”. Um repto que ecoava cada vez mais alto à medida que o verão de 2025 se aproximava.
Poderia dizer que embarquei sozinha, porque na factualidade e a “olho nu”, o fiz. Inscrevi-me sozinha como voluntária, voei para Roma sozinha, dormi no aeroporto sozinha, e apresentei-me como voluntária, também sozinha.
Mas a verdade é muito mais do que aquilo que vemos. Nunca estive sozinha. Estive com todos os que para mim são exemplo, estive acompanhada das recordações e das aventuras que me diziam “é das maiores loucuras e desafios que se fazem as melhores memórias”, e mais importante que isso, estive com Ele.
E, aquando do regresso, vim com as amizades ali formadas, vim com as pessoas que foram inspiração, vim abraçada pelas memórias!
Estes dias foram missão, música, dança, oração, e alegria. Foram amor! Foram juventude! No fundo, e numa palavra, foram fé! E que fé, que é tudo isto!
Vi fé nos olhos de cada jovem.
Nos sorrisos e nas lágrimas.
Nos novos amigos e nos abraços de despedida.
Na festa e no silêncio.
Vi fé na partilha.
Vi fé na liberdade.
Quando for velhinha, serão, certamente, dias que recordarei como os da minha juventude!
Poderia dizer que em Roma fui a minha versão mais descansada, mais dinâmica e mais aventureira, a minha melhor versão.
Prefiro dizer que em Roma, fui eu. Plena, e feliz.
Ao meu eu do passado, sou-lhe grata, porque não teve medo, e foi, simplesmente, viver.
Porque viver, é uma arte!