A ilha do Ermal em Vieira do Minho foi o local escolhido para acolher o XI ACAREG da região de Braga. Um campo com sete hectares (7 campos de futebol) foi dividido pelas diferentes secções: Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros e ainda pela zona de “Bem-estar”, “Cidade de Assis” (zona de atividades) e “Equipamentos”. De 1 a 7 de agosto 4100 escuteiros vão fazer o Escutismo acontecer.
O acampamento regional de Braga traz felicidade e alegria aos jovens escuteiros que nele participam através de um exemplo bem vívido no seio da comunidade cristã: S. Francisco de Assis. A palavra “Sonho” foi o tema proposto e que serve de transporte para esta aventura.
Quanto ao tema, este “caiu do céu” já que as estrelas foram a principal inspiração. “As estrelas são os escuteiros e vamos ter 4000 aqui dentro”, frisa Ivo Faria, coordenador de campo. Assim, cada secção está associada a uma constelação, dando a nomenclatura a cada um dos subcampos.
Os Lobitos são guiados pela Ursa Maior. Os exploradores pela constelação “Cygnus” que os acompanha devido às suas características migratórias. Os pioneiros, chamados a construir, equiparam-se a um castor, instigando ainda mais a imaginação, já que não há a constelação, mas sim uma estrela que se dá pelo nome de “Cástor”. Os caminheiros, vivendo também um pouco da sua simbologia, renascem a partir das cinzas, tal como a “Phoenix”. O Gafanhoto, esse ser vivo que, ao traduzirmos o seu nome para latim, dá-se por Locusta foi adotado pelos dirigentes por serem uma espécie de guardiões do campo.
Depois de um dia de construções já se respirava Escutismo na ilha do Ermal. Os 4100 escuteiros em campo enchiam de energia e cor os campos. Espaços repletos de tendas, mesas, pórticos e tantas outras estruturas necessárias a sete dias de atividade. Já a noite ocupava o passeio das estrelas (rua principal) quando as secções foram chamadas à arena geral. Os pioneiros foram os primeiros a chegar mas a arena rapidamente se encheu. Os participantes reuniram-se para abrir com chave de ouro o maior acampamento educativo de 2016.
A atividade vai hoje, 3 de agosto, já no seu terceiro dia e os lobitos já tiveram a oportunidade de colocar os seus sonhos em prática. Entre atividades náuticas, jogos e trabalhos manuais era muito o entusiasmo e a vontade. Os lobitos puderam expor a sua habilidade enquanto construíam fantoches, presépios e martelinhos. Ao peito, muitos levaram também uma cruz igual à do “amigo Xico” que os ajudará a manter a fé nos seus sonhos. Já nas atividades náuticas, vivia-se a aventura refletida no olhar dos pequenos escuteiros.
Os exploradores foram desafiados por São Francisco a ensinar algo novo a um amigo explorador: “Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente estruído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão”. A 2ª secção inundou assim a Cidade de Assis (local de ateliers) onde desenvolveram diversas capacidades. A técnica escutista foi marcada pelo espírito de competição positivo da corrida de orientação, com o recorde de 16 minutos, além do slide, da subida vertical em corda, dos nós, do socorrismo, das plantas aromáticas e do lume sem fósforos.
Os mais inovadores deram asas à sua criatividade na Robô Party com a programação robótica, a criação manual de airbags e a construção de pontes em madeira. Com atelieres de dança, construção de instrumentos musicais, pintura corporal e língua gestual foram potencializadas as suas capacidades artísticas. Entre sandálias de pele, vasos, balões decorativos, suportes de fotos, painéis de cortiça, cestos e bonecos de corda, os apaixonados pelo artesanato tiveram dez oportunidades diferentes de se expressar.
Os pioneiros foram convidados, no raide, a passar, metaforicamente, o “caminho até Roma”, tal como S. Francisco de Assis o fez, passando por nove “cidades” italianas.
Depois da abertura geral de campo os caminheiros reuniram-se na Praça da Amizade, perto do seu campo, para serem desafiados a explorar o melhor de si. Embalados pela música “Melhor de Mim”, de Mariza, a quarta secção foi impelida a mexer-se antes de ser apresentado o plano para os próximos dias. Assim, cada uma das oito praças terá três desafios para realizar (individual, de tribo e de praça), remetendo ao percurso de conversão de S. Francisco de Assis. No segundo dia de atividade, cada uma das praças deslocou-se para uma aldeia distante, onde foi desafiada a interagir com a população, conhecer um pouco do ambiente local e servir essa mesma comunidade naquilo que fosse mais necessário.
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Texto e fotografia de: Equipa de Comunicação ACAREG – Braga.