Fazer uma viagem no tempo através da exploração de um Castro, que vem a ser recuperado há mais de um século, é o Desafio que 17 caminheiros/rutas abraçam neste Rover Ibérico. Durante o trabalho na Citânia de Briteiros, um sítio arqueológico da Idade do Ferro, os caminheiros tiveram oportunidade de estreitar laços com a comunidade e conhecer os colaboradores da citânia e os turistas que por lá passavam.
“Foi muito engraçado, tínhamos – por exemplo – cozinha selvagem para fazer e os turistas estavam impressionados com o que íamos fazendo, chegaram a vir almoçar connosco. Isso é muito importante porque o impacto que o escutismo deixa é muito significativo”, afirmou João Fernandes, coordenador do Desafio.
Também a freguesia de Ponte beneficiou da passagem dos caminheiros. A limpeza de espaços da freguesia e da loja social que está à disposição de todos aproximou os participantes do Desafio da população que os acolhe durante estes dias. “A recetividade às nossas atividades foi tal que, no final do trabalho, nos preparam um lanche e nos encheram de mimos”, confidenciou João.
Andrea, do Grupo Impeesa – Federação de Escutismo Catalã -, confessou ter escolhido um Desafio com base arqueológica movida pela curiosidade de conhecer tudo o que existiu antes da sua existência. “O Rover Ibérico não é só a passagem por aqui, aprendi imenso desde que cheguei, não é mais uma atividade é uma atividade inesquecível”, disse Andrea.
De partida para um raide que os levará até Guimarães, local de encontro para todos os participantes do Rover Ibérico, os caminheiros aproveitaram os últimos momentos em Ponte para estreitar laços através de um jogo de confiança, carregando as baterias para os quilómetros que se avizinhavam.
“Tenho a certeza que vai tudo terminar em beleza”, afirmava, confiante antes da partida, João do Agr. 95 – Maia.
A confiança e certeza do dever cumprido estava também do lado dos dirigentes que acompanham a caminhada dos elementos durante este Rover.
“Estão a transformar o mundo para melhor e essa ideia está muito vincada. Não só eles têm consciência disso como a população se sente grata pela presença deles aqui, é maravilhoso”, terminou João Fernandes.
No final do raide os caminheiros irão reunir-se com todos os participantes que estão a viver Desafios: desde a linha do Mondego até Santiago de Compostela, passando pelas Ilhas Cíes ou pela Figueira da Foz.
Texto e Fotografia de: Rita Penela.