Escutismo recebe Prémio Gulbenkian

Ontem realizou-se a 5ª edição dos prémios Gulbenkian, onde a WOSM (Organização Mundial do Movimento Escutista) foi galardoada com o Prémio Internacional Gulbenkian, devido ao contributo “inestimável” da instituição para o diálogo intercultural e inter-religioso. O júri deste prémio era composto por Fernando Henrique Cardoso, Hubert Vedrine, Vartan Gregorian, José Gomes Canotilho e presidido por Jorge Sampaio.
A cerimónia iniciou-se com o discurso do Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Emílio Rui Vilar, onde salientou que “os premiados mostraram inovação e um trabalho exemplar a nível social e no respeito e apoio do diálogo intercultural”. De seguida, Jorge Sampaio discursou sobre o vencedor do Prémio Internacional dizendo que “ao seguir os princípios e valores de Robert Baden-Powell, o movimento escutista tinha um papel essencial na educação dos jovens e na formação e desenvolvimento do homem e do cidadão, contribuindo, ainda, para a criação de um sentimento de humanismo adaptado aos tempos em que vivemos, concluindo que era através destes pequenos gestos todos somados que iriam mudar o mundo para melhor”. Para receber o prémio, foi chamado o Secretário-Geral do Comité Mundial, Luc Panissod, que falou do “exemplo do Escutismo como um meio fundamental para formar as sociedades de hoje e de amanhã, criando cidadãos autónomos e activos na vida em sociedade. É um movimento aberto a todos sem interessar a cor, a raça, a etnia ou qualquer outro dado que o torne diferente, sendo a maior organização mundial de voluntários.” Por fim, falou da importância do Escutismo e do seu carácter de adaptabilidade à evolução das sociedades, da tecnologia e do ambiente, acreditando que é e será a organização mais importante no desenvolvimento das sociedades, agora e no futuro.
Texto: Diogo Marcelo. Fotografia: João Matos.