Confesso que estes últimos meses em representação externa da Organização Mundial do Movimento Escutista – Região Europeia têm sido bastante produtivos para a minha formação pessoal.
Nos passados dias 1 a 8 de maio estive numa formação de formadores, baseada na “Capacidade de Construção” face ao racismo e xenofobia, em Hammamet, na Tunísia.
Este projeto visa envolver jovens trabalhadores das duas partes do mar Mediterrâneo, de modo a discutir sobre qual é o papel que as organizações juvenis e conselhos de juventude devem desempenhar para combater a discriminação, revoltas xenófobas e racistas, dados os mais recentes eventos e tendências migratórias. Este projeto, lançado pelo Conselho Nacional de Jovens da Catalunha e financiado pelo Erasmus+, já é feito há quatro anos.
O primeiro impacto que tive foi a pobreza existente no país, pelas indeterminadas casas por acabar (em construção) e pela quantidade de sem-abrigo que havia visto. Mas falando de coisas boas, o facto de os formandos serem de ambos os lados do mar Mediterrâneo deu para entender diversos pontos de vista e maneiras de ver as coisas. Esta formação baseada na Cooperação dos Jovens foi também uma oportunidade de poder falar e dar o meu contributo no que diz respeito à educação não formal, pela experiência que tenho como escuteiro e como candidato a Dirigente.
A partilha e troca de documentos suporte sobre a temática foram e são bastantes úteis para no futuro serem usados. A maneira como o CNE e o Escutismo a nível europeu estão estruturados foi bastante questionada pelo espetacular trabalho que tem vindo a mostrar e pelo crescente número de voluntários que tem vindo a aumentar. Da minha parte resta dizer que é uma honra representar o movimento e a organização numa formação desta natureza e onde estamos a viver nos dias de hoje.
Texto e fotografia de: Rafael Carvalho.