Homenagem ao Fundador do Escutismo Católico Português

A tarde em Braga foi muito animada! Os lenços coloriram as ruas da cidade bracarense, entre vários jogos a decorrer, a inauguração do monumento comemorativo do CNE e a homenagem ao D. Manuel Vieira de Matos, ainda há muito mais para acontecer!

Os participantes da Festa do Centenário foram divididos em Constelações (Bairros), concretamente a Cruzeiro, Bússola, Fénix, Sagitário e Lobo, que viveram a Descoberta do Cosmos, com vários jogos, de diversas áreas ligadas ao escutismo!

No imaginário da Festa do Centenário, os fundadores surgem como estrelas que conseguiram trazer a sua luz até à atualidade. Os escuteiros dos dias de hoje são convidados a questionarem-se se a sua luz também brilhará daqui a 100 anos.

A Sé de Braga recebeu a cerimónia de homenagem a D. Manuel Vieira de Matos, fundador do Escutismo Católico Português. Neste momento estiveram presentes entidades convidadas e ex-chefes nacionais. O Chefe Nacional Adjunto, Paulo Pinto, destacou que esta homenagem ao fundador do escutismo é também para «Todos os Dirigentes e ex-Dirigentes do CNE, muitos no acampamento eterno. Durante este caminho, souberam estar à altura das suas responsabilidades e sempre com o sentido de serviço à juventude em Portugal. Podemos afirmar que souberam desafiar e não doutrinar; estar, o mais das vezes, ao lado das crianças e jovens acompanhando o seu lento crescimento, outras vezes à frente a apontar horizontes largos; e algumas vezes atrás, a puxar pelos mais vagarosos; souberam interpretar a intuição de BP, aplicando o método escutista tendo em conta o contexto de cada tempo; souberam, de forma empenhada e inovadora, fazer as crianças e jovens experimentarem o amor de Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo».

Nesta cerimónia foi depositada uma coroa de flores junto do túmulo de D. Manuel Vieira de Matos e a Secretária Nacional de Projetos, Inês Graça, trouxe à memória o percurso de vida de do fundador do CNE.

Em seguida, foi inaugurado o monumento do centenário. O Chefe Nacional, Ivo Faria, explicou que este monumento foi construído a partir da polipedestra, a base de trabalho da insígnia do centenário. A representação de cada tronco tem uma ligação ao escutismo: Fogueira, Flor de Lis, Tenda, Árvore, e um símbolo que representa a Comunidade. A espiral à volta dos troncos representa a corda, sinal de continuidade e da construção de um novo centenário. Este monumento é da autoria pelo escultor Paulo Neves, um dos nomes mais conhecidos da escultura portuguesa contemporânea.

Para Catarina Miranda, Chefe Regional de Braga, receber a Festa do Centenário na cidade que viu nascer o Escutismo «É uma alegria muito grande, mas também é um compromisso e uma sensação de responsabilidade enorme porque de repente vêm 23 mil escuteiros para a região de Braga, é a maior atividade do CNE até hoje e, portanto, sentimos também aqui o peso da responsabilidade para que tudo corra bem». Acrescenta ainda que «só tenho a agradecer e estou profundamente grata a todas as centenas de pessoas que se envolveram na preparação desta atividade e que de uma maneira ou de outra colaboraram para que este dia hoje de concretizasse e corresse tudo bem. Agora só falta esperar que o São Pedro seja nosso amigo também e que nos permita que a festa logo à noite também aconteça da melhor maneira. É uma alegria muito, muito grande!».

 

Texto: Cláudia Xavier.

Fotografias: Equipa de Comunicação da Festa do Centenário

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