O Curso de Educação Ambiental contou com inúmeros oradores durante todo o fim de semana dos quais destacamos João Joanaz de Melo membro do GEOTA
e professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT). Os 23 participantes que marcaram presença no curso promovido pelo Departamento de Ambiente do CNE tiveram a oportunidade de discutir questões ambientais e posturas políticas com o professor.
João Joanaz de Melo foi elemento fundador do grupo ambientalista GEOTA com apenas 18 anos. Mais tarde, Joanaz de Melo veio a ser presidente do GEOTA entre 1992 e 1997 e outra vez entre 2009 e 2013. Nestes últimos quatro anos, enquanto presidente, tinha já uma perspetiva mais madura, temos que ser competentes na intervenção cívica (…) temos que intervir dentro dos centros do poder, de fazer lobby no bom sentido.
Em alguns anos de parceria com o CNE João Joanaz de Melo tem uma opinião muito vincada sobre qual deveria ser a postura da associação na sociedade. Vejo dois papéis para o CNE. Um é o desenvolvimento, aprofundamento daquilo que o CNE já faz, e muito bem, que é uma educação dos jovens para a cidadania e para o trabalho em equipa. Outro, que é aquilo que o CNE ainda não faz, desafio que gostaria de deixar, é que se envolva mais naquilo a que chamo de causas. Ter causas concretas, como o exemplo salvar o Rio Tua e a linha do Tua e impedir esta barbaridade ambiental. Portanto, o CNE precisa, na minha opinião, de uma dimensão de intervenção.
O ambientalista acredita que a dimensão do CNE lhe confere uma determinada responsabilidade social neste âmbito. “O civismo não pode ser meramente pessoal e deve ser consequente em termos sociais (…) da mesma forma que se faz uma intervenção social que em concreto ajuda outras pessoas é preciso fazer uma intervenção ambiental que em concreto resolva problemas no terreno. Esta é a dimensão que diria que está pouco explorada no CNE”, concluiu.
Leia a entrevista na íntegra na Flor de Lis de junho.
Texto e Fotografia de: Ana Silva.