Qualquer um de nós já degustou o suave sabor salgado do bacalhau, peixe muito típico na gastronomia portuguesa. Porém, será que sabemos o percurso que este faz até chegar a nós?
No passado fim de semana, 30, 1 e 2 de outubro, a IV secção da região de Aveiro foi descobrir este mistério no ERCA – Encontro Regional de Caminheiros de Aveiro. Realizou-se no município de Ílhavo, organizado pelo Clã nº 4 Saboá, do Agrp. 189 Ílhavo. O imaginário cruzou-se com a “história desta gente” incidindo na aventura da pesca do bacalhau, já que grande parte dos antecessores da população atual foram pescadores.
O início tomou-se no Museu Marítimo de Ílhavo, onde houve uma visita guiada e introdutória. De seguida, rumaram ao local de acantonamento, na Escola Secundária Celestino Gomes. Sábado começou o despreendimento com um jogo de vila. Os postos, para além de envolverem pequenas dinâmicas baseadas na pesca, assentavam também em reflexões sobre a esperança, o vento/Espírito Santo, a dor e a saudade.
A “Chegada à Terra Prometida”, ou seja, a pausa para o almoço, decorreu na icónica aldeia da Vista Alegre. A tarde foi ocupada pelo serviço, vertente essencial na IV secção, consistindo em arrancar acácias do Pinhal da Morteira e pintar paredes no Casci, uma associação de cariz social na Costa Nova.
Ao regressar ao local de acantonamento, depois do jantar, deram-se as Tertúlias do Mar, onde houve a partilha de experiências com alguns dos pescadores que exerceram este trabalho em meados do século XX.
O serão terminou com o Fogo de Conselho. Domingo, dia de despedida e de retorno a casa, a Eucaristia realizou-se no Navio Museu Santo André, um antigo bacalhoeiro ancorado na Gafanha da Nazaré.
A avaliação final dada pelo ch. José Carlos Santos, Chefe Regional de Aveiro, foi bastante positiva. O próximo ERCA em 2017 ficará ao encargo do Clã Wangari Maathai, do Agrp. 1157 Aradas.
Texto de: Inês Lourenço. Fotografia de: Organização ERCA.