O Agr. 776 está preparado para fazer o escutismo sorrir

O agrupamento 776 Cruz da Areia, da região de Leiria- Fátima, realizou as suas promessas em maio, testemunhadas por escuteiros, pais, familiares e comunidade.

Receberam a sua promessa 24 elementos do agrupamento 776 Cruz da Areia, concretamente 5 lobitos, 11 exploradores, 5 pioneiros e 3 caminheiros. Esta atividade não acontecia há bastante tempo e, neste sentido, foi dividida em três momentos que se complementam: Fogo de Conselho e Velada, na sexta-feira à noite, dia de jogos e Promessas no sábado e celebração com a comunidade no domingo. A caminheira Isa Dâmaso, um dos elementos da equipa organizadora referiu «Que saudades tínhamos».

Num ambiente familiar, deram a conhecer o Fogo de Conselho aos escuteiros e pais presentes, uma atividade mais descontraída à volta da fogueira, onde começaram por cantar enquanto era ateado o fogo, de maneira a ajudar a que as chamas “subissem”. Depois deste momento mais dinâmico e alegre, entraram num momento mais introspetivo para todos, mas principalmente para os que iriam assumir o seu compromisso no dia seguinte, perante Deus, a Igreja e a Pátria. Os pata-tenra e os noviços, fizeram uma narração do “Livro da Selva” e leram um excerto do livro “A caminho do Triunfo”, de maneira a dar a conhecer os princípios e artigos da lei do lobito e do escuta.

Acerca desta noite, Isa Dâmaso disse-nos ainda que «Integrar a equipa organizadora foi uma experiência bastante enriquecedora. Deu para refletir acerca do meu papel e rumo a seguir no escutismo, para ver a alegria no rosto dos elementos por nos ser novamente possível acantonar todos juntos e ainda para reconhecer que por vezes a nossa presença parece ser uma coisa simples e banal, mas na realidade é uma peça fundamental no desenvolvimento de algo maior. Gostei bastante de auxiliar na organização de todas as dinâmicas desta noite e relembrar em conjunto com os mais novos, as dinâmicas que costumávamos fazer, conhecer novos elementos e sentir novamente aquele nervoso miudinho de quem vai fazer a promessa e tem medo do desconhecido e imprevisível».

No sábado, depois de uma noite bem dormida no pavilhão do Seminário de Leiria, começaram o dia com a ginástica matinal e, dando continuidade às equipas verticais do Acagrup de maio, os elementos realizaram vários jogos e atividades de competição na zona exterior do seminário, onde tiveram a oportunidade de rever caras conhecidas e de interagir com elementos das outras secções.  Nem mesmo o calor intenso que se fez sentir durante o dia de sábado pode atrapalhar a alegria e entusiasmo, que foi ainda maximizada pela introdução de alguns “jogos com água”. 

Após um longo período de isolamento e distanciamento social, que condicionava os momentos de convívio próprios de uma festividade como esta, foi com alegria e efusividade que se retomaram as habituais atividades que antecedem a cerimónia das promessas, tais como o almoço partilhado, trazido pelos pais dos escuteiros, que proporcionou mais um momento que já não era vivido há alguns anos. Depois de almoço e em simultâneo com as atividades realizadas pelos escuteiros, os pais tiveram a oportunidade de visitar o Museu de Leiria.

Ao final da tarde, o momento mais esperado e que, segundo o explorador Francisco Anjo «É muito mais que apenas uma cerimónia bonita. A aventura que se vive desde a entrada nos escuteiros (…) a vontade, o empenho e o trabalho que dá para se ter o direito a usar o lenço, são obstáculos no caminho, mas (…) o espírito de patrulha motiva e faz crescer como pessoas”, alcançando assim o objetivo de fazer a promessa. A cerimónia foi realizada no espaço verde do Seminário de Leiria, e contou com a presença de familiares e amigos, naquilo que é um esforço constante do agrupamento de restabelecer um escutismo ao ar livre e de incentivar a pouco e pouco, com ordem e organização, o contacto entre os jovens e com a comunidade. Um dos momentos marcantes nas promessas é aquele em que os elementos que vão fazer a promessa, ouvem o seu guia de grupo chamá-los pelo nome ou totem pessoal. Ao responderem “Alaiii”, no caso dos lobitos, ou Alerta nas restantes secções, o elemento parte em direção ao altar para fazer a sua promessa. Acerca deste momento, Carolina Pereira, guia da alcateia diz-nos que, ao chamar os novos lobitos sente «alegria porque os pata-tenra conseguiram fazer todas as provas para ganharem o lenço e fazerem a promessa». A cerimónia decorreu com muito empenho e entusiasmo de todos os escuteiros e familiares presentes.

Guilherme Rei, caminheiro que fez a sua promessa neste dia, refere que «A celebração foi simples, comovente e inesquecível. Inesquecíveis os sorrisos, os olhares de emoção, os abraços e os cumprimentos. O 776-Cruz da Areia mostrou-se mais uma vez motivado, preparado e desejoso para fazer o escutismo sorrir».

Foi com este espírito animado e feliz que no domingo, para acabar bem o fim de semana, logo pela manhã, a missa da paróquia teve a presença e animação dos escuteiros do nosso agrupamento.

Leonor Domingues, pioneira que fez a promessa nesta atividade, disse-nos acerca deste fim de semana «quero agradecer a todos aqueles que se esforçaram e esforçam para que isto seja tudo possível. Cada vez que penso nos escuteiros, penso em todos os bons momentos que eu passo e já passei, e penso no que teria sido se eu tivesse entrado antes, visto que eu só entrei nos exploradores com 11 anos».

Este foi mais um fim de semana de atividades, que antecedem o ACANAC- acampamento nacional, no próximo mês de agosto.

Estamos a caminho!

Texto e fotografia: Clã nº8 – Agr. 776 Cruz da Areia, Região Leiria-Fátima

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