No Centro Ismaili, empresas e organizações de solidariedade juntaram-se para refletir de que forma podem trabalhar em conjunto para promover o voluntariado empresarial e assim apoiar as organizações de solidariedade.
Cerca de 50 empresas e organizações estiveram presentes no evento, que teve vários pequenos encontros que procuraram estimular o debate e preparar a redação de um livro de boas práticas relacionadas.
Na sessão de abertura, Eugénio da Fonseca, presidente da CPV, explicou que o objetivo deste dia era o de «congregar todas as boas vontades para construirmos um bem comum», e lamenta que tal não seja feito pelos governantes do país. «Se tivéssemos apostado num modelo de desenvolvimento económico mais centrado nas pessoas e em valores que fazem parte da sustentabilidade desse desenvolvimento, como são a dimensão cultural, o sistema educativo mais complementar, e uma economia mais humanizada e não tanto veiculada a conceitos de competitividade que traem esta dimensão humanista que a economia deve ter, a situação seria bem diferente», sustentou o responsável.
Vendo as coisas do lado das empresas, Paula Guimarães, presidente da GRACE, referiu a importância das ações de sensibilização para as empresas. «As ações de voluntariado corporativo são momentos de sensibilização para o mundo que está lá fora da empresa, e para muitos a única possibilidade que têm de vivenciar isto. É uma forma de se comprometerem com a sociedade, de serem úteis e de se envolverem», afirmou, acrescentando que «é essencial que as organizações saibam como tirar o melhor partido das nossas empresas».
Texto e fotografia de: Ricardo Perna.