Manuel Clemente marcou na sua agenda uma visita a este 23.º Acanac porque, “não podia ser de outra maneira”, disse o Patriarca de Lisboa ao chegar esta manhã a campo.

O Cardeal-Patriarca de Lisboa lembrou que o escutismo na sua vida já é uma relação antiga. “Desde 1964 que, para mim, estar entre escuteiros é estar em casa. Foi esse o ano em que entrei no movimento e, pode-se dizer que nunca mais saí”.

Manuel Clemente começou a sua visita a campo pela nova capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima, e realçou a importância da identidade espiritual deste movimento. “Estou aqui porque se trata de escutismo, de escutismo católico. Eu digo que é a Igreja acampada, um ótimo ambiente para nós continuarmos a crescer… mesmo os que já não crescem em estatura, crescem em sabedoria, para utilizar os termos bíblicos”, afirmou.

O 23.º Acanac tem por tema “Abraça o Futuro” e as atividades a desenvolver pelos escuteiros estão alinhadas no “Cuidar da Casa Comum” na linha da encíclica do Papa Francisco. Manuel Clemente afirmou que “o escutismo mantém sempre esta vitalidade, esta criatividade que a própria natureza lhe proporciona e é cada vez mais urgente. Afinal, nós como humanidade e também como Igreja, temos que nos reencontrar como criação, como o Papa Francisco tanto insiste e o escutismo também diz há tanto tempo”.

Manuel Clemente, que é também o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, destacou a “envolvência espiritual que o escutismo proporciona, trazendo aqui os jovens, onde o mundo acontece com a natureza, a mãe terra… tudo isto é muito importante, é muito espiritual e, cristãmente, muito valorizado”.

O Patriarca de Lisboa lembrou que no escutismo “nada se faz sozinho, aqui vive-se em patrulha ou em equipa… tudo se faz em grupo e sem grupo nada acontece. E isto é uma ótima aprendizagem do que é ser cristão”.

Reconhecimento público “justíssimo”
Manuel Clemente visitou este acampamento um dia após aqui ter estado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que permaneceu várias horas em campo, prestando uma homenagem ao escutismo católico português.
O bispo de Lisboa considera este reconhecimento “justíssimo” pois, no seu entender, “não existe em Portugal, movimento que englobe crianças, jovens e adultos, em tão grande número, como o Corpo Nacional de Escutas”.

Ao visitar o campo deste 23.º Acanac, o Patriarca de Lisboa, enquanto escuteiro, deixou um voto:
“Sejamos, uma realidade de muitos, mas onde cada um está integrado, e dá a contribuição que pode e deve dar para com o mais próximo.”

Até dia 6 de agosto, Idanha-a-Nova acolhe aquele que é até hoje, o maior acampamento de escuteiros realizado em Portugal, com uma participação de 21.500 escuteiros.

Texto de: Henrique Matos. Fotografia de: Nuno Perestrelo

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