O Desafio “Plataforma Madre Teresa” surgiu a partir de um projeto piloto que o Núcleo de Guimarães está a desenvolver com a CERCIGUI (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados do Concelho de Guimarães) desde 2012. Os 17 caminheiros que integram o desafio foram convidados a trabalhar a temática da inclusão num modelo de atividade em movimento.
“Temos um projeto piloto no Núcleo de Guimarães com a CERCIGUI desde 2012 onde desenvolvemos e interagimos com jovens deficientes. Quando surgiu esta ideia do Rover pensamos que o desafio da inclusão seria uma excelente oportunidade. Desenvolvemos a estrutura da atividade e chegámos a esta dinâmica”, pormenorizou Agostinho coordenador do desafio.
Durante este Desafio, que se desenvolve entre Vizela e Guimarães, os participantes já passaram pelas instalações da CERCIGUI, pela comunidade local e vão também estar presentes no Centro Juvenil de São José. Foi também uma preocupação do Desafio integrar na organização da atividade jovens destas instituições no sentido de conseguirem experienciarem ao máximo a temática da integração. “A ideia inicial é passar a mensagem de que a sociedade é para todos”, rematou Agostinho.
Durante o dia, na localidade de Pevidem, estiveram presentes pessoas da comunidade assim como idosos dos lares circundantes. António Ribeiro habitante local aproveitou o momento para usufruir, acompanhado pela sua esposa, da animação que o Desafio estava a proporcionar aos transeuntes. Música tradicional, largada de balões e até uma aula de zumba foram apenas alguns dos momentos que marcaram a tarde. “Estamos aqui desde as 15h30 e a gostar muito. Eram 10h30 e vi aqui a montarem as coisas, disseram que havia festa e nós viemos. Nós queremos mais iniciativas destas!”, exclamou António corroborado pela sua mulher.
O intercâmbio intergeracional tem sido uma mais-valia tanto para participantes como para locais como explicou António Ribeiro. “Os jovens ensinam-nos muitas coisas mas nós também ainda temos muitas coisas a ensinar. As pessoas mais idosas precisam de coisas destas. Pevidem é animado mas por exemplo em Trás-os-Montes as pessoas como nós estão muito mais sozinhas”.
“O nosso desafio passa por fazer companhia, divertir e dar uma experiência diferente a pessoas com alguma deficiência. Fazê-los sentir um pouco mais próximos de nós e proporcionar-lhes uma experiência diferente. Estamos a aprender muito com eles e é uma pena que às vezes seja pouco valorizado. Esta é uma área que ainda tem muito a crescer no escutismo”, explicou Afonso Braz Agr. 52, Santarém.
Texto: Ana Isabel Silva. Fotografia: Rita Penela.