Cerca de 1300 caminheiros invadiram esta quarta-feira, 4 de agosto, as ruas da Invicta. Estava, 30 anos depois da última edição, dado o mote para o início da terceira edição do Rover Ibérico.
Eram 10h00 quando os primeiros caminheiros do CNE e rutas do Movimiento Scout Católico (MSC) começaram a chegar à histórica estação de São Bento numa quente e solarenga manhã portuense. O check-in deu os primeiros passos dentro da estação de São Bento e continuou pela Avenida dos Aliados. Eram muitos aqueles que procuravam uma sombra para descansar e preparar os materiais pedidos na construção do Rover.
A abertura oficial da atividade estava guardada para as 15h00 junto à Sé do Porto. Um palco em estilo 360º emoldurou a praça à porta do Paço Episcopal da Diocese do Porto. Os caminheiros presentes aproveitaram o momento e, como verdadeiros escuteiros que são, rapidamente fizeram ecoar gritos e músicas escutistas envolvendo todos os presentes.
Para surpresa de todos surgiu por entre a multidão uma versão gigante do famoso lego man que, num colorido de cartões orgulhosamente ostentados pelos participantes, subiu ao palco exibindo assim a sua imponente presença em modo 360º. O rastilho do Rover Ibérico ateado muitos meses antes estava agora prestes a detonar a bomba vermelha.
A cerimónia de abertura continuou com os discursos encorajadores do Chefe de Campo e coordenador do CNE Vítor Borges, da Coordenadora da Equipa Nacional dos Caminheiros e Companheiros, Catarina Inverno, e do Coordenador do MSC, Ignacio Porto. O Chefe Nacional do CNE, Norberto Correia, aproveitou o momento para sublinhar a importância das atividades escutistas na vida de cada jovem. “Cada atividade de escuteiros é sempre uma oportunidade de crescimento e esta não é uma atividade qualquer porque aqui eles põem em prática o que sonharam. Esta será uma atividade que os vai marcar para a vida toda”, explicou o Chefe Nacional.
Diretor Regional do Norte do Instituto Português do Desporto e da Juventude, Manuel Dias Barros, fez questão também de marcar presença na cerimónia de abertura do Rover Ibérico e de expressar o seu sentimento para com a comunidade escutista. “A minha primeira sensação é de pertença porque eu também sou escuteiro. Não sou escuteiro ativo mas nunca se deixa de ser escuteiro. A moldura humana é uma grande alegria para mim por saber que há jovens que ainda têm este ideal. Espero que nunca percam este sentimento de humanidade, de solidariedade, partilha e entrega ao outro, aquilo que se aprende aqui no escutismo! Desejo, sinceramente que perdure por muito tempo”, contextualizou.
Centenas de caminheiros partiram esta terça-feira, 4 de agosto, em direção aos mais de 49 desafios que vão decorrer a norte do rio Mondego, Portugal, e em regiões fronteiriças Espanholas.
Texto de: Ana Silva. Fotografia de: Rita Penela.