A Europa atravessa a maior crise de refugiados/migrantes desde a II Guerra Mundial e, neste sentido, diferentes organizações da sociedade civil, entre as quais o CNE, mobilizaram-se, a par com o Estado, para responder ao flagelo.
Rui Marques, conhecido ativista de causas sociais, foi o mentor e impulsionador do projeto que, em sete dias, conseguiu criar e dinamizar a PAR. Os principais objetivos da plataforma são fazer o acolhimento e a integração de famílias refugiadas e também apoiar os refugiados no seu país de origem.
Foram constituídas duas linhas de ação da PAR: PAR Famílias e PAR Linha da Frente. A PAR famílias apresenta-se como um projeto que visa o acolhimento e a integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal, em contexto Comunitário, com o envolvimento de instituições locais. A Par Linha da Frente procura dar apoio aos refugiados nos países de origem ou vizinhos através da recolha de fundos que suportem o trabalho que é feito na linha da frente com as populações de risco.
A adesão à plataforma é livre. Neste momento cerca de 20 organizações da sociedade civil e ainda inúmeros órgãos de comunicação social já integram a PAR mas estão constantemente a chegar pedidos de outras organizações para aderirem.
“Na cultura portuguesa estamos habituados a fazer pelo outro. Em Portugal as pessoas organizam-se muito bem e rapidamente conseguem dar resposta. Sublinhou o Pe. Lino da Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
“Recusamos a fratura entre diferentes convicções religiosas, ideológicas ou étnicas. Temos história de um excelente convívio inter-religioso”, acrescentou Rui Marques ao introduzir Abdool Vakil, responsável da comunidade islâmica.
Abdool Vakil salientou o facto de estarmos todos a trabalhar com um objetivo comum. “Somos todos iguais aos olhos de Deus. Trabalhamos todos em conjunto.” Abdool Vakil aproveitou o momento também para anunciar que a comunidade islâmica tem condições para receber cerca de 250 refugiados.
São esperados cerca de 1500 refugiados em Portugal provenientes das zonas de conflito.
Para conhecer um pouco melhor as associações que já fazem parte da PAR e saber o que fazer para ajudar clique aqui.
Texto e imagem de: Ana Silva