“Xico Maia”, partiu o nosso contador de histórias

Francisco Maia, carinhosamente conhecido como “Xico Maia”, partiu hoje para o eterno acampamento. Foi uma figura central no desenvolvimento do Corpo Nacional de Escutas (CNE) em Portugal. A sua dedicação ao Escutismo Católico Português é amplamente reconhecida e será sempre recordado como um exímio contador de histórias.

Francisco Maia, conhecido por todos por “Xico Maia” nasceu a 5 de dezembro de 1940.  Dedicou quase uma vida inteira ao Movimento, tendo feito a sua promessa de Dirigente a 5 de janeiro de 1962. Com um percurso vasto e exemplar, integrou os agrupamentos 67 Bairro da Encarnação e 50 S. João de Brito, onde até hoje fazia parte da equipa de animação da II Secção.

Participou ativamente nas estruturas nacionais do CNE, destacando-se como Secretário Executivo da Secretaria Nacional para a Gestão entre 2008 e 2011, membro do Conselho de Gestão do DMF a partir de 2000 e elemento da equipa do Centro de Atividades Escutistas de Ferreira do Zêzere (CAEFZ) entre 2008 e 2021. Em 2017, apoiou ainda a chefia de campo do XXIII ACANAC.

Quem conhecia o Xico sabia que onde se sentia bem era fora dos chamados “holofotes”, pois tinha verdadeira paixão pelo trabalho de campo, sempre de perto e em prol dos jovens. Com mais de 70 anos de promessa continuava com brilho nos olhos quando falava em escutismo afirmando mesmo na altura do centenário do CNE que “o CNE vai adaptar-se aos novos tempos e vai para a frente”.

Sentia um orgulho imenso pelo reflexo que o escutismo tinha dentro do seio familiar “Em casa chegamos a ser dez, agora no ativo estamos quatro”, afirmou em entrevista Francisco Maia, explicando que a sua esposa “foi sempre escuteira, os filhos também, desde lobitos”, tendo-se depois somado o genro, a nora e os netos.

Neste momento de profunda tristeza e respeito prestamos a nossa homenagem ao homem que tantas vezes contribuiu e enriqueceu com as suas memórias, vivências e histórias muitos conteúdos da nossa revista. Era uma pessoa inspiradora, onde a sua forma alegre contagiava todos deixando um verdadeiro legado.

E certamente a sua memória perdurará em cada acampamento, em cada promessa, em cada atividade, em cada escuteiro que se cruzou com ele e que fez questão de conhecer.

Recordamos que a Junta Central, pelo seu falecimento e ao abrigo do artigo 37º, do Regulamento de Protocolo do CNE, decreta luto oficial nacional por um período de 7 dias, a contar do dia 2 de maio de 2025.

Descansa em paz, querido Xico. Continua a ser o exímio contador de histórias, agora no eterno acampamento!

Texto: Susana Micaela Santos.

Fotografias: Ricardo Perna, Gonçalo Vieira, Susana Micaela Santos e Arquivo CNE.

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