CNE presente em reunião técnica do Programa H3 da Porticus
O CNE fez-se representar, entre 16 e 18 de outubro, na reunião técnica do Programa H3 da Porticus, entidade filantrópica que financia o projeto do CNE e MSC “Caminho Seguro”.
A Flor de Lis esteve à conversa com a grande vencedora do Masterchef Júnior 2024, Carolina Correia, Exploradora no Agr. 157 Proença-a-Nova. Vem conhecê-la!
Flor de Lis (FL): Como é que foi vencer o Masterchef Júnior?
Carolina Correia (CC): Foi uma experiência muito divertida. Foi extraordinário. Não estava à espera de ganhar… Quando entrei não pensei sequer que ia passar nas provas. Sempre pensei que, só por ter entrado, já estava feliz e orgulhosa! Para mim, se saísse, não havia problema, porque só por ter feito novos amigos, conhecer novas pessoas e aprender muitas coisas já foi muito bom. Então acho que se ganhasse ia ser ainda melhor mas nunca pensei… ou seja, estava sempre a tentar ajudar os outros e se eu saísse não era muito problema porque só por ter entrado para mim já foi muito bom.
FL: Porque é que te decidiste inscrever no programa?
CC: Eu inscrevi-me nos castings. A minha mãe é que me perguntou se eu me queria inscrever e, como era o último ano em que podia, eu inscrevi-me. Depois passei nos dois castings e antes de irmos gravar tivemos uma semana de formação de culinária para aprendermos várias coisas. Quando me inscrevi, nunca pensei conseguir entrar nem passar nos castings, então para mim foi tudo uma surpresa e estou muito feliz por ter conseguido.
FL: E o que é que foi mais marcante para ti?
CC: Como conheci novos amigos, acho que foi tudo muito bom. Aprendi muitas coisas. Foi muito divertido estar a aprender e a cozinhar com outras crianças. E também aprender com eles e tentar ensinar o que eu sei.
FL: Agora que és a vencedora do Masterchef Júnior, como é que estás a lidar com tanta atenção de repente?
CC: Não estava à espera. Está a ser uma experiência diferente. Vem toda a gente dar-me os parabéns. Estou orgulhosa de mim por ter conseguido, é normal que as pessoas também me venham dar os parabéns e fazer perguntas. Acho que já estou um bocadinho mais habituada.
FL: Mas no início era um bocadinho estranho, não era?
CC: Era. Eu nem sou muito de cumprimentar as pessoas todas e dar abraços, então ao início era um bocadinho confuso porque as pessoas vinham logo cumprimentar-me e dar os parabéns. Mas agora já me habituei. Sempre aceitei bem, porque é normal, as pessoas também estão orgulhosas de mim.
FL: Como é que aprendeste a cozinhar?
CC: Eu gosto de cozinhar desde pequenina, com a minha avó do lado da mãe, a Avó Assunção. Ela mora na aldeia. Desde pequenina que cozemos o pão, fazemos os pratos típicos de cá. Fazemos enchidos, maranhos… Os pratos típicos da Beira Baixa. Também cozinho com as irmãs dela, as minhas tias. E com a irmã da minha mãe, a Tia Filipa. Sempre gostei de estar ao pé delas para aprender. É desde pequenina que gosto mesmo de cozinhar.
FL: E estás nos escuteiros há quanto tempo?
CC: Só entrei há dois anos, nos Exploradores. Fomos às Margaridas, em 2022 ou 2023, e ganhámos o prémio de melhor cozinha! Isso incentivou-me a dedicar-me aos escuteiros. Este ano fomos outra vez, mas não ganhámos. Mas tivemos uma boa pontuação na mesma!
FL: Qual é o teu cargo?
CC: Sou a cozinheira da Patrulha Tigre.
FL: E o que cozinhas nos acampamentos?
CC: Nós tentamos levar sempre o maranho, que é uma coisa típica da Beira Baixa. Depois inventamos conforme o imaginário. Tentamos sempre inventar e brincar com a comida.
FL: Porque é que decidiste entrar nos escuteiros?
CC: As minhas primas todas já andavam nos escuteiros e a minha mãe também andou. A minha família toda gosta muito de escuteiros. Elas estavam sempre a incentivar-me, mas eu dizia que não queria. Mas uma vez veio o ACANAC à aldeia dos meus avós fazer voluntariado e eu gostei muito da forma como eles se uniram, as orações que faziam antes de comer… Gostei muito da forma como acolhiam. Isso incentivou-me a participar. Entrei para os escuteiros e até agora gosto muito de lá estar. Também gosto muito de ir às atividades. Às vezes não posso, mas tento sempre. É bom para ocupar o tempo livre, para fazer novas amizades e para aprender novas coisas.
FL: E o que é que mais gostas nos escuteiros?
CC: O que gosto mais é de cozinhar, mas também gosto de fazer construções. Também de fazer raids… Eu gosto de tudo um pouco. O que é mais complicado são as construções mesmo. Ainda me baralho um bocado, ainda estou a aprender os nós. Mas gosto de aprender com as colegas da minha patrulha, então tentamos ensinar-nos umas às outras.
FL: Olhando para o futuro, já pensaste no que queres seguir quando fores mais crescida?
CC: Eu gostava muito de ser chef de cozinha. E, se pudesse, abrir um restaurante. Gostaria mesmo de ser chef e também ensinar aos outros. E estar sempre a aprender, para conseguir chegar ao lugar do chef. Mas também gostaria de ser Chefe de escuteiros!
FL: Dá para conciliar as duas coisas! E o que gostas mais de cozinhar?
CC: Eu gosto de tudo um pouco. Antes gostava mais de sobremesas, mas agora gosto mais de fazer pratos principais e assim – peixe e carne. Mas gosto mesmo de fazer sobremesas. Eu tenho quatro irmãos e também gosto de cozinhar com eles. Gosto muito de fazer bolos de aniversário. Para os cozinhados, gosto muito de usar a frigideira e o forno.
FL: Queres deixar uma mensagem para os escuteiros?
CC: Nunca devemos desistir! Na culinária ou nos escuteiros, mesmo que as coisas não estejam a correr bem, devemos sempre ter um plano B e nunca desistir. Devemos tentar ser sempre melhor e aprender com os outros, conviver e respeitar todos.
Entrevista: Catarina Valada.
Fotos: Tiago Caramujo e Agr. 157 Proença-a-Nova.
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