Museologia e arquivística escutista: preservar e criar memórias

O Agrupamento 694, de Margaride acolheu a 2ª edição do Colóquio de Museologia onde foi abordada a importância da criação de uma identidade escutista e os desafios para a conservação do património.

A segunda edição do Colóquio de Museologia decorreu entre os dias 2 a 4 de fevereiro no Agrupamento 694 de Margaride, tendo o programa contado com um vasto número de convidados de norte a sul de Portugal, e ainda, de Espanha para abordar a importância da criação de uma identidade escutista e os desafios para a conservação do património.

Em entrevista ao Chefe do Agrupamento 694, de Margaride, António Meireles, o evento reuniu cerca de 60 participantes e “teve a particularidade de envolver os jovens do agrupamento para os sensibilizar sobre a importância da preservação da identidade escutista na comunidade”.

Com a recolha de alguns testemunhos foi possível verificar que esse objetivo foi alcançado nomeadamente, através de Elisabete Cameiro, Chefe do Agrupamento 44 e organizadora do I Colóquio em Tomar, que afirmou ser “gratificante ver cada vez mais pessoas envolvidas na cultura escutista e no trabalho do Corpo Nacional de Escutas (CNE)”, aguardando uma continuidade do “legado” da iniciativa.

Carlos Raleira, Coordenador do Centro de Documentação Escutista (CDE)/Museu do CNE, acrescentou ainda que “só faz sentido preservar estas memórias se um dia os jovens se ocuparem dela”, evidenciando o lema do programa: “Criar memórias, identidade… Fazer eco”.

Segundo Pedro Luís, adjunto do CDE/Museu do CNE, “Todos nós devemos partilhar ideias e experiências das diferentes regiões do país” por isso, no colóquio, o Centro de Documentação Escutista procurou apresentar mecanismos para a conservação de elementos museológicos e

anunciou a criação de novos projetos como por exemplo, a construção de novos museus escutistas, o lançamento do Manual do Colecionismo e o projeto História Oral que conta as histórias de alguns elementos do CNE.

No decorrer deste segundo colóquio, os participantes também tiveram a oportunidade de visitar o museu Padre Rodrigo Ferreira, do Agrupamento de Margaride, de modo a comemorar o seu primeiro aniversário e a constatar os trabalhos realizados pelo grupo escutista anfitrião.

No último dia, o programa social foi realizado com a visita à Fábrica de Pão de Ló de Margaride e ao Mosteiro do Pombeiro, onde todos os integrantes tiveram a oportunidade de conhecer mais um pouco da gastronomia e património de Felgueiras. Os trabalhos terminaram com o anúncio dos organizadores do III Colóquio que se realizará em 2025 no Museu Escutista da Memória em Montariol, juntamente com o Museu do Escutismo de Dume, dando continuidade ao percurso de museologia e arquivística do grupo escutista português.

Texto de: Matilde Araújo

Fotos de: Organização do Colóquio.

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