O "Overture Diversity Network", encontro anual da Rede de Abertura à Diversidade decorreu no passado dia 5 de dezembro, neste ano atípico, em formato digital.

Esta é uma oportunidade para todos aqueles que têm interesse em Diversidade e Inclusão se juntarem a outros escuteiros de todas as Regiões da Europa, contribuindo para o mundo em constante mudança da Diversidade e Inclusão e aprenderem sobre o grande trabalho atual da WAGGGS e Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME).

O “Overture Diversity Network” decorreu no dia 5 de dezembro, neste ano atípico, num formato digital. Aqui, guias e escuteiros de diversos países da Europa reuniram-se com o objetivo de discutir temas sobre diversidade e inclusão.

Também o CNE se fez representar neste momento de discussão e de partilha de ensinamentos e boas práticas. Foram abordadas questões como a sexualidade, religião, condições económicas, saúde mental e física e relações familiares e como as associações escutistas e guidistas se podem adaptar e trabalhar para a inclusão de todas as pessoas, seja na sociedade, seja no movimento. E também foi possível perceber e debater sobre as consequências da pandemia do covid-19 para a diversidade e inclusão nas associações e na sociedade.

Para se conseguir criar um mundo melhor, mais justo e pacífico é necessário que se aspire e se construa um futuro sempre melhor do que o passado. Um futuro onde haja compaixão, compreensão e a inclusão de todos os indivíduos nas comunidades, independentemente das suas diferenças.

Durante as sessões e os workshops do dia foi possível compreender quais as maiores dificuldades para a inclusão atualmente, assim como detetar espaços de melhoria no trabalho para a inclusão de cada associação presente, não querendo isto dizer que a associação perca as suas raízes.

Neste contexto pandémico, as maiores dificuldades detetadas prendem-se com o acesso à internet e à tecnologia que permite os jovens e as crianças estarem em contacto com os seus agrupamentos e seções, assim como as questões relacionadas com a saúde mental. Por outro lado, permitiu que outros jovens e crianças conseguissem participar nas reuniões que não conseguiriam de outras formas, em casos de famílias separadas e de pessoas com mobilidade reduzida.

Através da adaptação de algumas práticas e infra estruturas é possível permitir uma inclusão mais fácil de pessoas com deficiência, de pessoas com estruturas familiares mais debilitadas e situações económicas mais frágeis, assim como, através do voluntariado e atividades com organizações externas ao movimento é possível a integração de pessoas de outras religiões nas sociedades e comunidades, como é o caso dos refugiados.

Depois de um dia de discussão, debate e aprendizagem, foi possível chegar-se a conclusões e a ideias que podem tornar a Região Europeia da OMME e cada uma das associações escutistas e guidistas presentes mais inclusivas e atentas a cada indivíduo.

O objetivo de construir este mundo mais justo, pacífico e inclusivo deve ser um esforço comum, de todos, enquanto associação e membros da sociedade, e deve ser um esforço individual de cada um, enquanto pessoas singulares parte de algo maior.

Texto de: Inês Faria. Fotografia de: Organização do Encontro.

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