Em contagem decrescente até aos 50 anos da Revolução dos Cravos

Até dia 25 de abril, o site da Flor de Lis vai dar-te a conhecer mais sobre a Revolução que há cinco décadas devolveu a liberdade ao nosso país e o seu impacto no escutismo. Para refrescar a tua memória, trazemos-te 10 curiosidades sobre os acontecimentos do golpe militar que derrubou o Estado Novo.

  1. Foram 48 anos de ditadura – Foi instalada a Ditadura Militar em 1926, tendo sido o Estado Novo instaurado em 1933 por António de Oliveira Salazar. Viveu-se um total de 48 anos sem liberdade, sob o regime da Ditadura Militar e, posteriormente, do Estado Novo.

 

  1. A Revolução dos Cravos não foi a primeira tentativa de golpe de Estado – Em 16 de março de 1974, ocorreu uma tentativa de golpe militar contra o Estado Novo. Um grupo de militares partiu das Caldas da Rainha com destino a Lisboa, com o intuito de se juntarem a outros regimentos pelo caminho (Lamego, Mafra e Vendas Novas), mas uma rebelião em Lamego levou a que se abortasse a missão. Foram presos cerca de 200 militares do regimento das Caldas da Rainha.

 

  1. A 1ª senha da rádio: “E Depois do Adeus” – A canção de Paulo de Carvalho “E Depois do Adeus”, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55 de dia 24 de abril de 1974, foi o aviso para que as tropas se preparassem para a saída dos quartéis. “E Depois do Adeus”, canção que representara Portugal no Festival Eurovisão da Canção 1974, fora escolhida para senha da revolução porque era uma música em voga na época e sem mensagem política, logo não levantaria suspeitas.

 

  1. A 2ª senha da rádio: “Grândola, Vila Morena” – A ordem de saída dos quartéis foi dada pela senha “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, emitida pela Rádio Renascença às 00h20 de dia 25, canção que se tornou hino da Revolução. Foi o sinal que confirmou que as operações militares estavam em marcha e eram irreversíveis.

 

  1. O cravo, símbolo da Revolução – Os militares que tomavam as ruas de Lisboa pediam aos transeuntes comida e cigarros, mas Celeste Caeiro, não tendo nenhum deles, ofereceu o molho de cravos vermelhos que trazia. Estes foram colocados pelos militares no cano da espingarda e passaram a ser símbolo desta revolução pacífica.

 

  1. Houve uma ordem para abrir fogo no Terreiro do Paço – A fragata Almirante Gago Coutinho recebera ordens para se preparar para fazer fogo contra a coluna da Escola Prática de Cavalaria liderada por Salgueiro Maia, que foram desobedecidas pelo comandante Seixas Louçã, por haver demasiados civis no Terreiro do Paço e cacilheiros no rio.

 

  1. A Revolução também deixou vítimas mortais – Ao final do dia 25 de abril, havia uma multidão à porta da sede da PIDE/DGS, em Lisboa, exigindo que se rendesse. Os dirigentes, disparando contra os populares, feriram 45 manifestantes e vitimaram quatro, as únicas vítimas mortais da Revolução dos Cravos.

 

  1. Marcello Caetano, o Presidente do Conselho do Estado Novo, rendeu-se após 7 horas cercado – Pelas 12h30 de dia 25, o MFA, chefiado por Salgueiro Maia, dá início ao cerco ao Quartel do Carmo, onde Marcello Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete se refugiavam. Duas horas depois, Caetano anuncia que se renderá e pede a comparência de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel. O General Spínola entra no Quartel para negociar a rendição do Governo e hasteia a bandeira branca. Pelas 19h30, Marcello Caetano rende-se ao MFA.

 

  1. A PIDE só se rendeu a 26 de abril – Após uma conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais, diretor da PIDE/DGS, a polícia política rende-se finalmente a 26 de abril.

 

  1. Os presos políticos foram libertados nos dias seguintes à Revolução – Apesar da rendição do Governo ditatorial se ter dado no próprio 25 de abril, só a 26 é que os militares conseguiram tomar o Forte de Caxias e só a 27 puderam ser libertados os presos políticos do Forte de Peniche. Dia 30 de abril, chegou a liberdade também aos presos do Tarrafal, em Cabo Verde.

 

Se quiseres saber mais, fica atento ao nosso site e às redes sociais do CNE. Não te esqueças de ler a nossa Flor de Lis de Abril, onde poderás consultar todos os conteúdos alusivos ao escutismo na Revolução dos Cravos que preparámos para ti!

Texto: Catarina Valada.

Fotografia: Gonçalo Pinto.

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