Pe. Rui Silva, fala acerca da visita do Santo Padre Bento XVI a Portugal e da participação do CNE.

Que tipo de presença e participação gostaria que o CNE tivesse nesta visita do Papa Bento XVI, a Portugal?
Uma questão pertinente e que tem sido objecto de reflexão porque poder-se-ia pensar que era bom para o CNE ter uma participação que desse muito nas vistas, que fosse exclusiva, contudo, não foi esse o meu entendimento.
O que eu gostaria que acontecesse é que o CNE integrasse naturalmente a Igreja de que faz parte, tomando parte nas celebrações que existem e no que está organizado. Portanto não há momentos específicos só com o CNE, mas estamos integrados no que existe para a Igreja em geral.
É uma participação que tem diferentes dimensões. Há uma parte mais activa onde se está, por exemplo, a coordenar ou a colaborar na celebração de Lisboa, o mesmo no Porto e, depois, em Fátima, temos a colaboração no Santuário, com a Associação Servitas de Fátima, e depois no exterior com a GNR e a Protecção Civil, isto numa parte mais activa.
Uma colaboração mais passiva e talvez que se note menos, mas igualmente importante, é daquele escuteiro que uniformizado ou não, com o seu grupo escutista ou não, vai acompanhar participando activamente nos diferentes acontecimentos.

Qual a importância que tem esta visita no contexto da Igreja presente em Portugal, em geral, e do CNE em particular?
É uma visita que muito nos honra a nós, se tivermos consciência da diversidade de países e de realidades religiosas. Temos que reconhecer que somos um tanto ou quanto “abençoados” por termos tantas vezes o Santo Padre entre nós. Basta pensar que há apenas 10 anos João Paulo II visitou o nosso país. Ter de novo o Santo Padre entre nós é uma grande graça.
Para a Igreja presente em Portugal é um momento muito oportuno por variadíssimos motivos, porque o nosso país enfrenta problemas variados, sobretudo de ordem económica e financeira, e portanto a vinda do Santo Padre traz sempre algo de esperança e de alegria, de ânimo para um novo recomeço, e aplica-se à sociedade civil no seu todo.
A Igreja em concreto, não penso que as Igrejas que temos nas Dioceses em Portugal atravessem momentos especificamente difíceis, contudo, é uma lufada de ar fresco, um entusiasmo renovado, para o caminho que se tem vindo a trilhar. Para a Igreja no seu todo considero muito útil, claro que o desejável era que o Santo Padre conseguisse estar em mais dioceses, mas não podemos pedir tanto, estar em Lisboa, Fátima e Porto é bastante bom.
Falando em relação ao Escutismo, a presença do Bispo de Roma serve-nos para dar alento enquanto escuteiros católicos que somos, e para reforçar a nossa consciência de coesão do todo mais vasto da Igreja.
Sabemos que o CNE é um Movimento da Igreja muito específico, mas estar activamente a participar num momento destes faz-nos perceber a diversidade da Igreja e a importância da comunhão. Para o CNE isso é bem-vindo e sempre desejável que aconteça. Gostaria bastante que a relação do CNE com a Igreja, de que faz parte, fosse o mais natural possível e acontecesse de forma espontânea.

Para quem vai participar, que preparação considera necessária para esta visita?
Genericamente podia dizer a todos os escuteiros que importa estarem sempre disponíveis para servir, em tudo o que for necessário, ainda que seja necessário abdicarmos de alguns desejos pessoais, como estar a ver o Papa mais de perto, acompanhar todos os momentos com mais serenidade, por vezes pode não ser possível.
Por outro lado gostaria que todos os que estão a colaborar de alguma forma o fizessem de forma gratuita e desinteressada, sem esperar algum tipo de recompensa, como dizemos na nossa oração do Escuta, basta fazermos a vontade de Deus, o resto vem por acréscimo.

Texto: Susana Micaela Santos /// Fotografia: Arquivo do CNE /// Vídeo da entrevista

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