O Icthus surge da necessidade sentida pelos caminheiros da região de Santarém de uma atividade de vivência de Fé. Esta primeira edição decorreu entre os dias 15 e 17 de dezembro, na cidade de Santarém, e contou com o apoio da Junta Regional de Santarém e da Equipa ADRO.
Numa sala iluminada à luz das velas, e embelezada pelas melodias cantadas e pelo som de instrumentos musicais, os participantes foram acolhidos. Nesta experiência imersiva foi recordada a importância de acolher cada pessoa e realizado simbolicamente um Lava-Pés, onde quatro membros da equipa organizadora lavaram os pés a todos os participantes presentes.
O primeiro passo para nos tornarmos parte de algo ou fazer outras pessoas sentirem- se parte de algo é conhecendo-as. Sabendo o seu nome. O lavar dos pés simbolizou o acolher do outro como ele é, na sua unicidade, na sua circunstância, com as suas feridas e calos, com as suas dores e fatigas, com as marcas dos caminhos percorridos…
Sábado começou com várias oficinas. Estas davam pistas sobre como falar com Deus, mas, acima de tudo, saber ouvir o que Ele tem para nos dizer. Saber cuidar da Sua Criação, a Terra, e que desafios nos esperam na defesa da nossa Casa Comum.
Saber que todo o Evangelho tem uma mensagem muito pessoal para a vida pessoal de cada um, e saber interpretá-la. Saber valorizar os sacramentos que, apesar de muitas vezes negligenciados, são essenciais. Saber que rezar pode ser algo tão simples como uma conversa direta com Jesus.
À tarde os participantes escolheram um de três workshops artísticos: música, artes plásticas e artes dramáticas. Querer fazer parte de uma igreja jovem e dinâmica começa em nós. É mais fácil decorar a letra de uma canção que uma oração. Uma encenação capta mais à atenção que uma leitura. Todos gostam mais de algo que ajudaram a construir. Cabe a cada jovem desconstruir o normal e aborrecido e cativar outros a juntarem-se nesta busca pela Terra Prometida.
Depois dos workshops foi hora de reunir com o Bispo de Santarém, D. José Traquina. Uma conversa onde foi discutido “o que é a Terra Prometida?” nas diversas dimensões, e como podem os jovens acolher e fazer outros sentirem-se acolhidos na igreja.
Um dos objetivos do Icthus é que todos se sintam mais próximos uns
dos outros. Acessíveis. E como tal, o momento da Celebração não poderia ficar pra trás! Como uma grande família, à volta da mesa, todos celebraram a Eucaristia, presidida pelo Assistente Regional. Foi, sem dúvida, um momento de grande alegria e proximidade.
À noite realizou-se uma oração de Taizé, onde foi distribuída de forma simbólica a Luz da Paz de Belém por todos os participantes. Iluminados apenas pela luz de velas, experienciou-se um momento de silêncio, reflexão e de nostalgia daqueles que já viveram Taizé.
A noite não poderia acabar sem a tradicional partilha da Ceia Regional, onde além da boa comida, partilharam-se muitas histórias, canções e alegrias.
Anunciada a alvorada do último dia, a equipa organizadora garantiu que todos os participantes se preparavam para as últimas atividades do Icthus.
final, o que significa ser católico na Sociedade? Será que acreditar em Jesus Cristo influencia a vida académica? O que significa sermos escuteiros católicos? Foram formados três grupos, e cada grupo reuniu-se com um convidado diferente para falar de um destes três temas.
Para terminar a atividade, deu-se uma pequena dinâmica de encerramento.
Cada participante recebeu uma carta, com uma passagem bíblica diferente. Essa carta recordava cada um que era único. Que cada pessoa era motivada por chamamentos diferentes. E que por vezes o acolher pode ser tão simples como adaptar algo ao gosto de outra pessoa. De seguida a Chefe Diana Cardoso, Chefe Regional, e o Chefe Rui António, Secretário Nacional Pedagógico, deixaram algumas palavras aos participantes, que depois assistiram a um vídeo com alguns momentos da atividade.
A equipa organizadora faz desta um balanço muito positivo desta atividade, e desafia todos os seus participantes a levarem aquilo que aprenderam, ouviram e partilharam para a sua realidade local. Só assim contribuiremos para uma Igreja mais Jovem, mais Dinâmica e mais Acolhedora.
