Sob o mote “50 anos a Servir com Amor”, o Agrupamento 414 Amora organizou a 5 de abril uma sessão solene comemorativa do 50º aniversário da sua fundação. A sessão contou com a moderação de Agnelo Fernandes, Chefe de Agrupamento do 414, e com a presença, enquanto oradores convidados, do Chefe Nacional Ivo Faria, do Assistente Nacional Pe. Daniel Nascimento, do Presidente da Câmara Municipal do Seixal Paulo Silva e do Presidente da Junta de Freguesia da Amora Nelson Ramos.
A sessão solene deu início com a benção do Pe. Daniel Nascimento e com os agradecimentos do Chefe Agnelo Fernandes a todos os presentes, mencionando a importância de todos os que já passaram pelo Agrupamento, estando ainda, ou não, no ativo. Seguiram-se as intervenções dos oradores, que foram convidados a refletir sobre o que os levou a optar por uma vida de Serviço. Ivo Faria, Chefe Nacional, falou sobre os pequenos gestos no caminho da felicidade, lembrou-nos que não nos devemos levar muito a sério e que devemos colocar amor em tudo o que fazemos, pois “Servir é o Amor em Ação”. Por sua vez, o Pe. Daniel Nascimento recordou que “o Amor implica estar lá mesmo quando não me apetece, (…) porque adotei uma postura de Serviço”. Tanto Paulo Silva como Nelson Ramos fizeram menção ao seu Serviço à sociedade no foro político e autárquico.
Também os convidados participaram com intervenções acerca do sentido do Serviço nos seus meios de atividade, dos quais Odete Gonçalves, antiga Mandatária da Câmara Municipal do Seixal, Corália Loureiro, antiga Vereadora da Câmara Municipal do Seixal, Mário Branco, o 1º Chefe de Agrupamento do 414 Amora, a Chefe Regional de Setúbal Ana Margarida Chagas, Isabel Dias Melo, da delegação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, e o Assistente de Agrupamento Pe. Geraldo Finatto.
Com a sua fundação a 7 de abril de 1974, o 414 Amora conta agora com cinco décadas de História, que viram a suspensão de atividades do Agrupamento entre 2003 e 2004 e a mudança de sede da Igreja de Nossa Senhora do Monte Sião para a Igreja S. João Batista Scalabrini em 2010. Mário Branco, o 1º Chefe de Agrupamento do 414 Amora, lembra os tempos de grande alvoroço imediatamente após a Revolução de Abril, em que o Agrupamento era convidado a acampar nas Quintas do Álamo e da Princesa, para prevenir que fossem intervencionadas por forças de ocupação. Na altura, “chamavam-nos de fascistas, diziam que estávamos ligados ao regime, pura e simplesmente por estarmos ligados à Igreja. Mas, com os tempos, as coisas deram a volta e veio a lei da razão à tona”, contou Mário Branco à Flor de Lis.
O Chefe Agnelo Fernandes, que integrou pela 1ª vez as fileiras do 414 Amora em 1983, recorda o surgimento, no pós-Revolução, de movimentos associativos e coletividades no concelho, com quem o Agrupamento trabalhou lado-a-lado, integrando-se no “espírito que vinha de Abril: o desporto para todos, a saúde para todos, não só para as elites”. Um Agrupamento que deu os seus primeiros passos com a democracia não se fechou dentro das portas da sede: “Nós éramos da Igreja e da comunidade, (…) que vem muito de acordo com o espírito de Abril e também com o lema do escutismo que é Servir a comunidade, pensar no Próximo e auxiliar o semelhante em todas as circunstâncias”, contou Agnelo à Flor de Lis. Mais acrescenta que “foi uma forma de nos pôrmos no terreno aplicando os princípios daquilo que é o escutismo”.
Para terminar a sessão solene, a Chefe Milú Reis, elemento do 414 Amora mais antigo ainda no ativo e a primeira lobita do sexo feminino a integrá-lo, leu o artigo da Flor de Lis da edição de abril de 1974 que noticiou a inauguração do Agrupamento na Amora. Em seguida, Mário Branco, 1º Chefe de Agrupamento da Amora, lê a Ordem de Serviço oficial da fundação, publicada na edição de dezembro de 1974.
Por fim, o Chefe Nacional ofereceu a bandeira nacional ao Agrupamento e a sessão concluiu-se com um convívio e um brinde aos 50 anos.
As festividades do aniversário terminaram com as Promessas do Agrupamento a 7 de abril, o dia em que, exatamente 50 anos antes, foi fundado o 414 Amora.
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