«Os idanhenses sentem-se muito orgulhosos por receber sempre este espírito escutista»

Idanha-a-Nova foi a região que acolheu mais uma edição do Acanac. Falámos com o Presidente da Câmara de Idanha, Armindo Jacinto, que nos explicou a sua perspetiva sobre o Escutismo.

FLOR DE LIS: Durante uma semana todos os escuteiros foram cidadãos de Idanha-a-Nova. Qual é a importância de Idanha-a-Nova receber 18 500 escuteiros?

ARMINDO JACINTO (AM): É muito importante para nós, também na sequência do que foi uma aposta que fizemos junto do Corpo Nacional de Escutas, com a compra desta propriedade com cerca de 60 hectares e que protocolámos com o CNE para que pudesse ser utilizada durante 50 anos. O espírito escutista vai muito ao encontro daquilo que nós queremos em Idanha […]. Eu nunca cheguei a ser escuteiro, sou natural de uma aldeia do concelho de Idanha, de Penha Garcia, e não havia lá nenhum agrupamento do CNE. Criámos nós um clube de amigos e com o livro de Baden-Powell fizemos o nosso Escutismo, à nossa forma. […] O tema deste ano apela aos escuteiros para serem construtores de um mundo melhor, cada um per si, e também no espírito em conjunto dos escuteiros, é um tema extraordinário para ir ao encontro do que a Idanha pretende para o seu território.

FL: O acha que já mudou em Idanha-a-Nova desde o início desta parceria?

AM: Muitíssimo! Em Idanha e no país. Algo que me orgulha muito é quando faço viagens por este país e pelos diferentes municípios falar sobre qualquer intervenção sobre a biorregião de Idanha ou os nossos projetos estratégicos que desenvolvemos, há sempre alguém que diz: «Ah, Idanha-a-Nova, eu estive lá nos escuteiros, o meu filho esteve lá, fui lá, adorei!» (…] Os idanhenses sentem-se muito orgulhosos por receber sempre este espírito escutista.

FL: Como é que se preparam para uma semana intensa como o acampamento nacional?

AM: Com algum tempo, sempre. Ao longo dos anos, da parte da Câmara Municipal, também de diferentes estruturas de Idanha e do CNE, vamos preparando sempre as infraestruturas, melhorando as infraestruturas do campo, de modo a que cada evento seja também mais fácil de realizar.

FL: Há um grande investimento por parte da Câmara para apoiar este evento.

AM: Há sempre um grande apoio, investimento. Em cada edição temos novas infraestruturas, investimos em novas infraestruturas para melhorar o conforto e tornar a presença melhor, em tempo muito estival, que é uma característica deste território. Depois também tem o reverso da medalha, de uma forma positiva, têm noites fantásticas, magníficas, não com muito frio, mas sim, muito agradáveis.

 

Entrevista: Sandro Bernardo

Transcrição: Mariana Marques

Fotografia: Cláudio Noy

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