Carlos Alberto Pereira, antigo Chefe Nacional, debruça-se sobre os artigos que compõem a Lei do Escuteiro.

Após os 1.º,2.º,3.º, 4.º, 5.º,6.º e 7.º artigos de reflexão sobre a Lei do Escuta, apresentamos o oitavo artigo da Lei, a partir da explicação que o próprio Baden-Powell apresentou aos caminheiros, no livro que lhes dedicou: A Caminho do Triunfo, editado pela primeira vez em 1922.

8º artigo – O Escuta tem sempre boa disposição de espírito

«Como Caminheiro todos esperam de ti que não percas a cabeça e que em caso de emergência te servirás dela com alegre coragem e optimismo.
– Se conseguires manter a serenidade quando todos em volta perdem a cabeça e te lançam as culpas …
Meu filho, serás um homem.»

Para melhor compreendermos o alcance desta explicitação, talvez seja bom recorrermos à sua formulação inicial: «O Escuta sorri e assobia perante as dificuldades», agora vemos melhor o alcance desta sincronia fundamental entre o estado emocional positivo, a alegria, por oposição a qualquer outro negativo como o desespero ou a fúria, e a racionalidade do reconhecimento das dificuldades, por forma a que a alegria seja uma alavanca para a racionalidade nos conduzir à resolução de qualquer problema.

Neste enquadramento, ser capaz de irradiar alegria é, desde logo, um elemento fundamental e contagiante para predispor os outros a concentrarem-se na ação, isto é, na resolução do problema. Assim sendo, compreendemos melhor o alcance da convicção de Baden-Powell expressa na sua última mensagem, que já só conhecemos depois da sua morte: «Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador para sermos felizes e apreciarmos a vida. (…) Mas o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros».

Finalmente, nesta quadra natalícia, a expressão libertadora destes dois dons pode ser reconhecida na resposta de Maria ao anjo Gabriel aquando da Anunciação: «Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Maria não hesitou em aceitar, prontamente e com alegria, pois sabia que a sua vida só tinha sentido se fosse colocada ao serviço do bem comum e na alegria de Deus «que tenham em si a minha plena alegria» (Jo 17,13).

Texto de: Carlos Alberto Pereira. Fotografia de: Direitos Reservados.

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