Ser um escuteiro ou uma guia durante a infância está diretamente relacionado com um risco menor de doença mental em idades mais avançadas.

Quem o diz é um estudo realizado por Chris Dibben, um professor da Universidade de Edimburgo feito com outros colegas. A equipa analisou os dados de um estudo de longa duração, que foi distribuído a quase 10 mil pessoas no Reino Undido que nasceram em novembro de 1958.

Os resultados revelaram que 28% dos participantes neste estudo estiveram envolvidos num movimento escutista e, como tal, eram 15% menos propensos a sofrer de doenças como ansiedade ou bipolaridade quando atingissem idades mais avançadas, do que os seus colegas de estudo que não estiveram envolvidos com este movimento.

«É surpreende que este benefício é encontrado nas pessoas vários anos depois de terem sido escuteiras», diz Dibbens

Estas organizações (escutistas) trabalham para despertar auto-confiança, determinação e um desejo de auto-aprendizagem nas crianças, envolvendo atividades ao ar livre. «Nós esperamos que os mesmos princípios se apliquem aos escuteiros de hoje em dia e, devido aos custos elevados das doenças mentais, um foco em programas voluntários para jovens como o escutismo pode ser um assunto bastante sensível», refere o professor.

Eliminando o fator dinheiro
A equipa de investigadores não encontrou qualquer associação entre melhor saúde mental e a participação em grupos da igreja ou outros grupos voluntários. Segundo o estudo, os participantes que foram escuteiros não pertenciam a nenhuma classe social em específico.

No entanto, pessoas com origens pobres têm uma probabilidade relativamente maior de desenvolver doenças mentais – mas este efeito tende a reduzir ou mesmo a ser eliminado nas pessoas que foram escuteiras.

«Os governos e os serviços de saúde em todo o mundo têm dificuldades em reduzir a discrepância na saúde entre as pessoas ricas e as pessoas pobres, logo esta nova prova de que ser um escuteiro pode ajudar é muito importante», revela um dos membros da equipa de investigadores, Richard Mitchell, da Universidade de Glasgow.

Texto de: Journal of Epidemiology and Community Health. Tradução de: Diogo Marcelo. Fotografia de: Vasco Patronilo.

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